Petrobras (PETR4): ADRs da estatal caem em Nova York com prejuízo e sem dividendos extraordinários
As American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras (PETR4) operam em queda no pré-market da Bolsa de Nova York, após a estatal reportar o seu primeiro prejuízo em quase quatro anos.
Agora de manhã, por volta das 8h, as ADRs que representam as ações ordinárias da Petrobras (PBR) caíam 1,20%, negociadas por US$ 14,01. Já os papéis que representam as preferenciais (PBRa) recuavam 1,97%, para US$ 12,93.
Ontem, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, ante lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. A última vez em que a companhia havia registrado prejuízo havia sido no terceiro trimestre de 2020, com R$ 1,5 bilhão.
Segundo a estatal, o prejuízo está associado a itens não recorrentes, principalmente os efeitos da adesão a uma transação tributária e de um acordo de trabalho de 2023. Excluindo esses itens e a desvalorização do real em relação ao dólar, o lucro líquido teria alcançado R$ 28 bilhões.
- Petrobras (PETR4) tem primeiro prejuízo em quase quatro anos
- E AGORA, PETROBRAS? Acionistas ficam sem dividendos extraordinários após prejuízo inesperado, mas será a hora de desistir das ações? Analista revela sua recomendação no Giro do Mercado; clique aqui ou no player abaixo para assistir:
Petrobras paga dividendos, mas não extraordinários
Apesar do prejuízo, a Petrobras informou o pagamento de dividendos intercalares e intermediários, além de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a 1,05320017 real por ação ordinária e preferencial em circulação.
A empresa diz que a distribuição proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões) e resultado positivo acumulado, a estatal deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.
No entanto, a Petrobras não liberou os 50% em dividendos extraordinários que a companhia reteve em maio.
*Com Kaype Abreu
