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Petrobras (PETR4): pagamento bilionário ao governo ameaça dividendos? BTG responde

18 jun 2024, 8:19 - atualizado em 18 jun 2024, 8:23
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BTG Pactual vê rendimentos de dividendos vantajosos após acordo tributário da Petrobras (Imagem: Agência Petrobras)

A notícia sobre o acordo bilionário que a Petrobras (PETR4) negociou para por fim a uma disputa tributária assustou o mercado. Mas o BTG Pactual acabou vendo com bons olhos os detalhes da operação, que a estatal revelou na noite de ontem (17).

A Receita Federal cobrava da Petrobras R$ 44,79 bilhões relativos à incidência do IRRF (Imposto de Renda), da Cide (contribuição de intervenção), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins sobre remessas ao exterior, mas a estatal questionava os valores.

No final, o conselho de administração aprovou a adesão da companhia ao Edital de Transação PGFN-RFB 6/2024 para encerrar o litígios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Com isso, a empresa ganhou um ‘descontão’ de 65%, ou R$ 19,80 bilhões.

A Petrobras informou que o pagamento terá impacto de R$ 11,87 bilhões no lucro líquido do segundo trimestre de 2024. O valor despertou a preocupação dos investidores em relação ao pagamento de dividendos. Em particular a parcela dos proventos extraordinários que seguem retidos pela companhia.

No entanto, os analistas do BTG comentam que o acordo elimina uma grande sobrecarga fiscal para a tese de investimento nas ações da Petrobras. Ao mesmo tempo, não deve sacrificar o pagamento de dividendos da empresa ao longo dos próximos 12 meses.

Petrobras (PETR4) ainda pode render 16% em dividendos

O acordo implica desembolsos inferiores aos especulados pelo mercado nos últimos meses, de acordo com o BTG. E mesmo assumindo os desembolsos esperados para este ano sem reembolso de curto prazo, eles veem a empresa negociando com um rendimento de dividendos (dividend yield) de 16% nos próximos 12 meses.

Segundo a análise do banco, isso pressupõe potenciais fusões e aquisições de aproximadamente US$ 2 bilhões, investimento 20% inferior ao guidance (projeção) para 2024 e o pagamento de US$ 4,6 bilhões em dividendos especiais.

Tendo em vista a possibilidade de não ocorrerem fusões e aquisições e a empresa podendo investir ainda menos do que o previsto atualmente, o BTG vê vantagens neste rendimento de dividendos.

Embora o impacto do acordo seja marginalmente negativo para os dividendos no muito curto prazo, o BTG acredita que o anúncio será bem recebido pelos investidores e mantém a Petrobras como a principal escolha do banco no setor.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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