Petrobras (PETR4): Ações operam em forte queda, após demissão de CEO
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) operam em forte queda desde a abertura do pregão desta terça-feira (24), refletindo o descontentamento do mercado com a demissão de José Mauro do posto de presidente executivo da companhia.
Por volta das 11h54, as ações ordinárias (PETR3) caíam 3,89% e eram negociadas por R$ 34,07. Já as ações preferenciais (PETR4) tombavam 4,44%, cotada a R$ 31,15.
Somando 7,1% de peso no Ibovespa, o tombo da estatal arrasta junto o principal índice da Bolsa brasileira que, no mesmo instante, recuava 1,65% e marcava 108.523 pontos.
A queda das ações já era prenunciada, antes da abertura da sessão, pelo grande tombo das ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras no pré-market da Bolsa de Nova York. Por volta das 9h (horário de Brasília), os papéis afundavam cerca de 11%.
Demissão de CEO da Petrobras aumenta temor do mercado
Anunciada ontem à noite pelo Ministério de Minas e Energia, representante do governo federal, a demissão de José Mauro em tão pouco tempo pegou o mercado de surpresa. A notícia reforça a avaliação de que será muito difícil equilibrar a atual política de paridade de preços e as demandas do presidente Jair Bolsonaro para conter os aumentos dos combustíveis, que prejudicam sua campanha à reeleição.
Para o BTG Pactual, por exemplo, o “pior ainda está por vir”. Com recomendação neutra para as ações, o banco observa que a governança corporativa da Petrobras evitou “até agora” interferências mais diretas, mas afirma que teme que o verdadeiro teste ainda esteja por vir.
“Em última análise, achamos que o novo CEO enfrenta um dilema difícil: como preservar o próprio emprego seguindo as políticas da empresa e sem comprometer a disponibilidade de combustível no Brasil?”.
Para o BTG, trazer os preços para o PPI (preços de paridade de importação) é importante para manter um abastecimento saudável de combustível para o país, que depende de importações para que a oferta seja suficiente para atender a demanda.
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