Petrobras (PETR4): A projeção de analistas para os resultados e dividendos do 3T24, após relatório de produção
Com a divulgação do relatório do produção do terceiro trimestre da Petrobras (PETR4), analistas voltaram a atualizar as estimativas para as ações, resultados e dividendos da companhia.
A estatal produção produziu 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), em um baixa anual de 6,5%, explicada em parte pelo maior número de paradas e uma queda na produção dos campos pós-sal.
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O banco Safra disse que espera para o quatro trimestre um aumento de produção e a entrada de novas plataformas e poços. A instituição estima para o terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 29,5 bilhões, alta de 11%, com dividendos de R$ 11,7 bilhões.
A XP Investimentos prevê um lucro líquido de US$ 4,1 bilhões, e dividendos ordinários de US$ 2,6 bilhões (2,8% de yield). “A Petrobras poderá anunciar dividendos extraordinários de até US$ 4 bilhões”, disse.
Para a XP, a companhia continua sendo uma de melhores do setor, devido a seus rendimentos. A corretora elevou o preço-alvo de PETR3 e PETR4 para R$ 46, assumindo o petróleo tipo Brent a US$ 70 o barril.
Os papéis preferencias (PETR4) terminaram o pregão desta terça-feira (29) com baixa de 0,22%, a R$ 36,01.
Petrobras, capex e dividendos
O Itaú BBA espera resultados “moderados” para a Petrobras no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, devido à queda dos preços do petróleo, com foco na execução de capex e nos dividendos.
O banco projeta um Ebitda de US$ 11,6 bilhões, uma redução de 15,2% na base anual, e receita de US$ 22,5 bilhões, o que representa uma queda de 11,9%. Já o lucro líquido deve ficar próximo de US$ 5,6 bilhões, leve queda de 0,1% ano a ano.
Preços mais baixos de petróleo impactaram as receitas da empresa, e isso se reflete nos resultados gerais do trimestre, aponta o Itaú BBA, que segue com recomendação outperform para a ação da empresa (desempenho acima da média).
O banco prevê dividendos ordinários de US$ 2,5 bilhões, resultando em um rendimento de 3%, e considera dividendos extraordinários de US$ 2,6 bilhões, o que elevaria o rendimento total de dividendos para 6,1%.
Esse dividendo extra depende, no entanto, de fatores como os preços do petróleo, o limite atual de dívida bruta e a disponibilidade de caixa ideal da Petrobras.