Petrobras (PETR4): A expectativa dos analistas para o lucro e dividendos no 2T25

A Petrobras (PETR4) deve manter uma performance sólida com o balanço do segundo trimestre, ainda que pressionada por preços mais baixos do petróleo, segundo analistas. O resultado será divulgado nesta quinta-feira (7), após o fechamento do mercado.
De acordo com o consenso reunido pela Bloomberg, a estatal deve registrar receita líquida de R$ 114,6 bilhões, Ebitda de R$ 56,9 bilhões e lucro líquido de R$ 22,4 bilhões – no mesmo período do ano passado, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões por conta de eventos não recorrentes.
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Os analistas ainda projetam dividendos em torno de US$ 2 bilhões.
O Safra projeta um Ebitda de US$ 9,9 bilhões, com margem de 49%, e um lucro líquido de US$ 3,6 bilhões. Com esses números, a Petrobras teria condições de distribuir US$ 2,2 bilhões em dividendos, o equivalente a um dividend yield de 2,8%, disse o banco.
O BTG Pactual está mais otimista, esperando um Ebitda de US$ 10,9 bilhões, alta de 2% na comparação trimestral. Segundo o banco, o recuo do Brent será compensado por um volume de produção maior. A estimativa para o fluxo de caixa livre é de US$ 5,3 bilhões, o que permitiria o pagamento de US$ 2,3 bilhões em dividendos, com rendimento de 3%.
O Bradesco BBI projeta Ebitda de US$ 9,97 bilhões, número 6% menor em relação ao primeiro trimestre e 17% abaixo do segundo trimestre de 2024. Mesmo com o avanço da produção, o banco avalia que o efeito será neutralizado por preços mais baixos do Brent e pela redução no valor dos combustíveis vendidos no Brasil.
Assim, a expectativa para os dividendos também recua, com a casa projetando US$ 1,9 bilhão em repasses, abaixo dos US$ 2,1 bilhões pagos no primeiro trimestre.
No mesmo tom, o Santander estima um Ebitda de US$ 9,9 bilhões, ainda que a produção tenha alcançado níveis recordes no trimestre. Os analistas destacam dois pontos de pressão: a queda sequencial no preço do petróleo e perdas de estoque no refino. A projeção da instituição é de um fluxo de caixa livre de US$ 4,6 bilhões e distribuição de US$ 2,1 bilhões em dividendos.
Fase desafiadora da Petrobras
Para o Santander, a Petrobras atravessa a fase mais desafiadora de seu atual plano estratégico, com pouca margem de manobra no balanço e pressão dos preços mais baixos do petróleo.
A possibilidade de novas aquisições e o leilão da PPSA são vistos como riscos adicionais para a política de distribuição, podendo levar a uma revisão do plano de negócios ainda no quarto trimestre deste ano.
Já o BTG mantém uma visão mais construtiva. Para o banco, com um dividend yield estimado em 11%, lucros consistentes e ações ainda negociadas com desconto relevante frente aos pares globais, a Petrobras continua sendo uma das oportunidades mais atrativas do setor.
A divulgação oficial dos resultados deve trazer mais clareza sobre o quão generosa a petroleira poderá ser com seus acionistas nos próximos meses, ainda conforme os analistas.