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Petrobras (PETR4): A equação que pode trazer mais dividendos para o investidor

15 out 2024, 16:25 - atualizado em 15 out 2024, 16:41
Petrobras
(Imagem: iStock/Cesar Okada)

A Petrobras (PETR4) realizou café com jornalistas e serviu um cardápio nutritivo e rico em ‘dividendos‘.

Isso porque uma série de notícias dão conta de que a empresa diminuirá os investimentos de um lado e revisará o seu caixa ideal do outro. Na prática, essa equação pode resultar em mais retorno para os acionistas.

Na última segunda, a Reuters noticiou que a companhia deverá reduzir os investimentos previstos em US$ 21 bilhões no ano que vem.

A nova projeção ainda está sendo calculada. Uma das pessoas disse à agência que as estimativas iniciais para 2025 giram em torno de 17 bilhões de dólares, o que seria um corte de 19%.

Já o CFO, Fernando Melgarejo, afirmou que a alteração poderá contar com uma mudança no atual caixa mínimo de referência considerado atualmente pela petroleira, que hoje é de US$ 8 bilhões.

“Ambos os comentários favorecem o pagamento de dividendos no curto prazo, o que deve ser bem recebido pelo mercado”, escreve o Bradesco BBI em comentário enviado a clientes.

Nos cálculos do Itaú BBA, se assumir que a Petrobras anunciará US$ 17 bilhões de investimento para 2025 e excluir os US$ 2 bilhões de leasing, chegaríamos a US$ 14,7 bilhões de investimento potencial para 2025, ante US$ 16,2 bilhões esperados pelos analistas.

Neste cenário, o Itaú estima rendimento de FCF (fluxo de caixa livre) para 2025 de 17,1% (ante a estimativa de 16%) e um rendimento de dividendo ordinário de 12,7% (ante a estimativa de 11,9%), o que implicaria um dividendo total de 14,6% incluindo dividendos extraordinários.

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Dividendos extraordinários da Petrobras vão pingar?

O Santander, que já estava otimista, ficou ainda mais com as notícias recentes. Os analistas dizem que a empresa deverá aumentar seu teto de dívida bruta do nível atual de US$ 65 bilhões e dar mais clareza sobre sua posição mínima de caixa, que acredita ser menor que US$ 8 bilhões.

“Acreditamos que tais mudanças seriam bem-vindas pelo mercado e poderiam desbloquear dividendos extraordinários adicionais para 2025, em um período em que o Governo Federal continua buscando soluções para
sua questão fiscal”, diz.

Além disso, o banco vê espaço para pagamentos extraordinários de dividendos ainda em 2024. Espera ainda uma melhora do momento operacional a partir de outubro, o que reforça a visão otimista sobre a Petrobras.

“Isso torna a ação preferida para navegar no atual mercado volátil de petróleo dentro de nossa cobertura”.