Petrobras (PETR4): A data para fim de política de preços (e dos dividendos gordos)
A presidente do PT e deputada federal Gleise Hoffmann voltou a criticar a política de preços da Petrobras (PETR3;PETR4) e os dividendos e afirmou que será possível uma mudança a partir de abril, quando a nova direção indicada pelo governo federal assume.
“Nosso desafio é equilibrar uma política de preços mais justa com a geração de caixa necessária p/ retomar e impulsionar os investimentos da Petrobrás, fundamentais p/ o crescimento da economia, geração de empregos e de oportunidades. Isso também será possível a partir de abril”, colocou.
Para ela, a política de preços atual, implantada pelo “golpe”, faz o povo pagar em dólares por gasolina e diesel que são produzidos aqui no Brasil em reais.
“A tal PPI (política de paridade internacional) sempre foi inflacionária e só favorece a indecente distribuição de lucros e dividendos da Petrobrás. Isso também tem de mudar”, coloca.
Veja a sequência:
1)Antes de falar em retomar tributos s/ combustíveis, é preciso definir uma nova política de preços p/ a Petrobrás. Isso será possível a partir de abril, qdo o Conselho de Administração for renovado, com pessoas comprometidas com a reconstrução da empresa e de seu papel p/ o país
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 24, 2023
2)A política de preços atual, implantada pelo golpe, faz o povo pagar em dólares por gasolina e diesel q são produzidos aqui no Brasil em reais. A tal PPI sempre foi inflacionária e só favorece a indecente distribuição de lucros e dividendos da Petrobrás. Isso também tem de mudar
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 24, 2023
3)Nosso desafio é equilibrar uma política de preços mais justa com a geração de caixa necessária p/ retomar e impulsionar os investimentos da Petrobrás, fundamentais p/ o crescimento da economia, geração de empregos e de oportunidades. Isso também será possível a partir de abril
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 24, 2023
4)Impostos ñ são e nunca foram os responsáveis pela explosão de preços da gasolina q assistimos desde o golpe e no governo Bolsonaro/Guedes. Ñ somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 24, 2023
As falas da deputada foram suficientes para aprofundar a queda da Petrobras, que fecharam em desvalorização 2,18%, a R$ 25,97, na bolsa.
Fundo de estabilização da Petrobras
Pedro Rodrigues, sócio da CBIE Advisory, lembra que a Lei das Estatais impede uma intervenção direta do governo. “O governo teria que indenizar a empresa por uso politico.”
Ele aponta que uma mudança com certeza vai acontecer, mas ainda não está clara qual. A Petrobras, por exemplo, poderia vender os combustíveis pelo preço de custos e driblaria a Lei das Estatais porque, oficialmente, não estaria perdendo dinheiro.
Pedro ainda afirma que o problema da criação de um fundo seria o tamanho do recurso e se ele valeria para gasolina e para o diesel, ou para apenas um dos combustíveis.
Além disso, o UBS BB estima que um fundo de estabilização para suavizar os preços dos combustíveis no Brasil criara um déficit entre US$ 46 bilhões e US$ 175 bilhões entre 2023 e 2027.
Outra questão é que, no Brasil, existem outras refinarias e importadores independentes, o que deixa o mecanismo de controle de preço mais complexo.
Com Juliana América