Petrobras (PETR4): 4 razões para os gringos estarem enchendo o carrinho com ações da estatal
O estrangeiro, em especial o norte-americano, está posicionado em Petrobras (PETR4) como “há tempos” não ficava, segundo o Bradesco BBI, em relatório assinado por Vicente Falanga e Ricardo França.
Analistas do banco citaram o grande interesse na empresa e contaram que quase que a totalidade do tempo que eles tiveram em reuniões com investidores nos Estados Unidos foi usada para falar sobre a estatal.
Segundo o Bradesco BBI, os investidores gostam da Petrobras por conta de:
- Escassez de boas teses de valor nos mercados;
- Subalocação em Vale (VALE3);
- Pouco interesse em ações de crescimento;
- Desempenho gerencial da estatal acima do esperado.
“Os fundos em mercados emergentes estão com poucas opções de energia líquida. A Lukoil deixou o MSCI, e a maioria dos analistas está bastante negativa em relação à China, evitando assumir uma posição nas principais empresas de lá”, disseram os analistas.
Com isso, restam Petrobras e a Aramco, mas essa, segundo os analistas, “parece ter uma tese de investimento bastante monótona, com um rendimento em queda”. Eles também citaram pouco interesse na Colômbia e na Argentina por enquanto.
Temor sobre Vale
Segundo os analistas, há um temor considerável sobre uma potencial desaceleração na China.
“Quase todos os fundos com os quais conversamos estavam subalocados na Vale, apesar de um dividend yield bastante atrativo de 13% (com recompras)”. A dinâmica, destacaram, fez com que os fluxos se concentrassem na Petrobras.
O Bradesco BBI afirmou que os investidores norte-americanos não estão prontos para entrar em histórias de crescimento, como a Prio (PRIO3), dada a baixa previsibilidade sobre o que deve acontecer com as taxas do tesouro dos EUA.
“Os investidores ainda estão preferindo alocar sua exposição de energia em apostas mais seguras de valor e alternativas sólidas de títulos previsíveis”, disse o banco
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Petrobras tem política ‘ok’
Em geral, os investidores sentem que a Petrobras tem uma política de preços “ok” (cuja eficácia ainda não foi experimentada em cenário de estresse), com probabilidade de um fluxo sólido de dividendos, ponderaram os analistas.
“Alguns investidores entendem que a alocação de capital deve se deteriorar marginalmente ao longo do tempo, mas essa não é uma preocupação importante para os próximos 12 meses”, disseram.
Segundo eles, a principal preocupação é o novo plano de investimentos (capex). “A pergunta mais recorrente era sobre a nossa visão de quanto o capex de cinco anos deve aumentar e quais novos projetos devem ser adicionados”.
O Bradesco BBI estima que o plano aumente de US$ 78 bilhões para cerca de US$ 100 bilhões, em uma adequação à narrativa de transição energética.