Petrobras: para BTG Pactual, o pior já passou, e preço-alvo é elevado
A Petrobras (PETR3; PETR4) está deixando para trás o pior momento dos últimos tempos, marcado pela queda da cotação internacional do petróleo, na esteira da briga entre árabes e russos, e da retração do consumo causada pela pandemia de coronavírus.
A avaliação é do BTG Pactual (BPAC11), que elevou o preço-alvo das ADRs (American Depositary Receipts) da companhia, negociadas na Bolsa de Nova York, de US$ 9 para US$ 10, com recomendação de compra.
O novo valor embute um potencial de alta de 47% sobre a cotação de US$ 6,80 usada como referência pelo banco.
Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, que assinam o relatório, afirmam que “apesar do recente desempenho da ação (+15% desde a divulgação dos resultados há uma semana), acreditamos que as ações da Petrobras ainda oferecem um bom ponto de entrada.”
Para os analistas, o barril de petróleo do tipo Brent (o que mais influencia o preço da Petrobras) ainda está abaixo do nível sustentável para os principais produtores.
Um mar de valor à espera
Além disso, o atual valor de mercado da estatal equivale a apenas 37% do valor da empresa (valor de mercado mais dívidas), e as ações são negociadas por um múltiplo de 4,9 vezes o Valor da Empresa/Ebitda projetado para 2021.
“Vemos muito espaço para os detentores de ações capturarem valor adiante”, diz o trio, que acrescenta que a liquidez da Petrobras é confortável, bem como seu fluxo de caixa, mesmo com preços de US$ 25 por barril.
Por último, o BTG Pactual observa que o atual preço das ações mostra que o mercado adotou, como premissa, que o barril do petróleo tipo Brent será negociado por um preço médio de US$ 37 no ano que vem. Isso é 7,5% menor que o preço médio de US$ 40 com que o setor petrolífero trabalha para 2021.