Petrobras: Novos dividendos são positivos, mas vão ficar para 2021, diz Credit Suisse
O Credit Suisse analisa com viés positivo a nova política de dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4). “Existem duas importantes mensagens: desalavancagem é a prioridade principal e a compensação aos acionistas será mais transparente no planejamento da estatal”, afirmam os analistas Regis Cardoso e Victor Schmidt.
“Acreditamos que o aumento da transparência nos dividendos futuros é positivo por prover uma referência de valor subjacente às ações da Petrobras”, aponta o Credit Suisse, em relatório divulgado a clientes nesta quinta-feira (29).
Em contrapartida, os analistas ponderam que a nova política provavelmente não deverá ser aplicada no curto prazo, como consequência da dívida bruta de cerca de US$ 101 bilhões da maior petrolífera da América Latina.
Para o Credit Suisse, a estatal provavelmente reduzirá o endividamento bruto usando US$ 18 bilhões de seu caixa. “Acreditamos que os dividendos de 2019 e de 2020 permanecerão ditados pela lei de pagamento mínimo de 25% do lucro líquido”, avaliam os analistas.
A instituição lista recomendação outperform para as ADRs (American Depositary Shares) com preço-alvo de R$ 21,00 – upside (potencial de valorização) de 60,5% em relação ao último fechamento.