Petrobras ‘não persegue o lucro pelo lucro’, dá retorno à sociedade, diz CEO
A Petrobras (PETR3;PETR4)continuará com sua disciplina de capital e adota políticas que visam os melhores retornos aos acionistas e consequentemente para a sociedade brasileira, disse o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, na abertura de teleconferência com investidores nesta sexta-feira.
Ele lembrou que o Conselho de Administração da petroleira estatal aprovou na véspera mais uma antecipação de remuneração aos acionistas, somando agora 63,4 bilhões de reais referentes aos resultados de 2021, e destacou que a União, como maior acionista, ficará com grande parte dos recursos.
“Em 2021, os sólidos resultados permitirão que a sociedade brasileira, por meio da União, receba 23,3 bilhões de reais em dividendos, são recursos que ajudam a sustentar políticas públicas para todos os brasileiros e que beneficiam especialmente os mais vulneráveis”, declarou ele, comentando resultado líquido de mais de 31 bilhões de reais no terceiro trimestre.
Os comentários foram feitos após o presidente Jair Bolsonaro afirmar na véspera que a Petrobras tem de ter um papel social e não pode ser uma empresa que dê “lucro tão alto”.
Sem mencionar Bolsonaro, que o indicou para o cargo de presidente da empresa, Luna disse que, “quanto mais saudável geradora de recursos, mais a empresa consegue devolver riquezas à sociedade em forma de tributos, para municípios, Estados e União”.
“Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos com altas taxas de retorno, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado numérico desse trabalho é traduzido em lucro”, disse Luna.
E ele acrescentou: “Mas é bom enfatizar que a Petrobras não persegue o lucro pelo lucro, o nosso objetivo é retornar valor para os nossos acionistas e para a sociedade, por meio de impostos, dividendos e geração de empregos e investimentos, que dentro do contexto da transição energética devem ser acelerados”, comentou.
Balanço da véspera indicou que a Petrobras recolheu 134,1 bilhões de reais em tributos aos cofres públicos de janeiro a setembro, alta de 43,4% ante o mesmo período do ano passado, impulsionada principalmente pelo ICMS e pelas Participações Governamentais (royalties e Participação Especial da produção de petróleo).