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Petrobras: lucro cai e ação sobe – por quê?

08 maio 2019, 18:50 - atualizado em 08 maio 2019, 18:53
Os papéis preferenciais (PETR4) subiram 3,87%, enquanto os ordinários avançaram 3,4%

As ações da Petrobras subiram forte nesta quarta-feira (8), apesar de o lucro da estatal ter apresentado uma queda de 42% no primeiro trimestre de 2019, para R$ 4 bilhões. Os papéis preferenciais (PETR4) subiram 3,87%, enquanto os ordinários (PETR3) avançaram 3,4%. Por que isso aconteceu?

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A resposta para isso esta na produção de petróleo, que é o principal fator avaliado pelo mercado na análise da estatal. O volume caiu 4% no trimestre e 5% no ano e isso se refletiu diretamente no resultado. Mas a notícia não foi tão ruim assim. Esse desempenho inferior foi resultado de uma maior concentração de paradas de manutenção e atrasos no início das novas unidades.

“É uma questão de paralisações circunstanciais, não uma questão estrutural”, avaliam os analistas Regis Cardoso e Victor Schmidt do Credit Suisse. Eles calculam que a cada entrada de 200 mil barris a mais na produção o Ebtida, que representa o resultado operacional da companhia, cresce US$ 3,2 bilhões.

Eles estimam que a produção líquida da Petrobras pode ser adicionada em mais 400 mil barris por dia com o início da operação de novas plataformas.

“Os preços de realização também contraíram 11% em relação ao trimestre anterior, com menor preço do Brent e maiores descontos”, pontua o analista André Hachem do Itaú BBA. O banco voltou a inserir as ações da estatal seu portfólio Top 5 nesta quarta-feira.

Perspectivas

O BTG Pactual ressalta que a Petrobras segue perseguindo incessantemente o grau de investimento, que é uma ferramenta fundamental para reduzir o custo do capital. Além disso, o maior foco na exploração e produção, em conjunto com a liberdade operacional – que inclui o progresso na tão necessária venda de ativos – abrem perspectivas melhores para o segundo trimestre de 2019, indicam os analitas Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola.

O Credit Suisse, Itaú BBA e BTG recomendam a compra das ações.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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