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Petrobras está próxima de ativar gatilho que permite retorno de dividendos de até 15%; entenda

06 ago 2021, 14:17 - atualizado em 06 ago 2021, 14:27
Petrobras
Dessa forma, a estatal está muito próxima de adicionar um gatilho que permite distribuir mais dividendos, com rendimentos de pelo menos dois dígito (Imagem: Petrobras/Divulgação)

A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2021 e fez a alegria de investidores. Além dos números superarem as expectativas, já altas, dos analistas, a estatal também anunciou dividendos de R$ 32 bilhões, ou R$ 2,42 por ação.

Mas isso é só o começo. Ocorre que além de aumentar a produção, a Petrobras também fez sua lição de casa, ou seja, diminuiu sua dívida. Neste trimestre, a cifra ficou na casa dos US$ 63,7 bilhões, queda de 10,3%.

Dessa forma, a estatal está muito próxima de adicionar um gatilho que permite distribuir mais dividendos, com rendimentos de pelo menos dois dígitos.

De acordo com a nova política de proventos, aprovada no ano passado, se o endividamento bruto ficar abaixo de US$ 60 bilhões, bingo, a distribuição aumenta para 60% do FCO (fluxo de caixa operacional) menos o CAPEX (investimentos), o que dá um dividend yield para 2021 de, pelo menos, 10%.

“Ainda vemos PETR capaz de ultrapassar o limite de dívida de US$ 60 bilhões antes do final do ano, sugerindo que a mensagem do CFO de tornar “este pagamento mais consistente ao longo do tempo” pode efetivamente se traduzir em níveis de 10% a 15% de dividend yield com base nos resultados do ano inteiro”, aponta o BTG Pactual.

Pagar dividendos ou reinvestir na empresa?

Se os dividendos são ótimos para os acionistas, por outro lado, a empresa deixa de investir em seus ativos.

De acordo com o BB Investimentos, os recursos dos dividendos poderiam, em tese, ser utilizados para deixar de vender alguns ativos estratégicos, bem como para investir em energias renováveis.

“Com isso, a Petrobras focaria na perenidade e diversificação de receitas futuras, ao invés de privilegiar uma distribuição no curto prazo, considerando que a divida já está chegando em patamar confortável”, completa.

Qual o futuro da Petrobras?

Segundo o BB, a estatal segue com boas perspectivas, considerando:

  • as boas condições no mercado internacional de petróleo;
  • as perspectivas de aumento da produção;
  • as seguidas reduções nos custos de extração (efeito diluição pelo aumento de volumes e concentração no
    pré-sal);
  • as boas perspectivas de dividendos que já estão presentes neste ano, e devem seguir atrativas;

A corretora possui recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 36 até o final de 2021.

Apesar das condições favoráveis, é impossível deixar de falar de política quando se analisa a Petrobras. Para o BTG, o otimismo só fará sentido se os investidores criarem confiança de que a estratégia permanecerá.

“A ação parece inegavelmente barata, mas o ruído envolvendo a interferência no preço do combustível (e agora também o GLP), bem como a extensão do prazo de venda das refinarias, ainda nos deixa céticos de que os investidores pagarão pelo re-rating que um operador totalmente independente mereceria”, completa.

O BTG tem recomendação neutra para os papéis da Petrobras.

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