Petrobras: enquanto houver pré-sal barato, está tudo bem, diz UBS
Os últimos dados divulgados mostram que a Petrobras (PETR3; PETR4) deve fechar o segundo trimestre num ritmo inferior ao esperado pelo UBS.
Em relatório obtido pelo Money Times, o banco suíço projeta um incremento de 13,2% na produção de óleo cru da estatal, na comparação do segundo trimestre deste ano com o de 2019. Mas, até onde a Petrobras (abril e maio), o crescimento é de 6%.
Ficar abaixo das expectativas numa é bom para a imagem de uma empresa, mas o UBS prefere enfatizar um trunfo da Petrobras: os vastos campos do pré-sal. Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam a análise do banco, recordam que a empresa bateu recorde de produção no Campo de Búzios.
“Vemos como muito positivo o aumento da fatia do pré-sal na produção da Petrobras, devido aos baixos custos de extração na região”, afirmam os analistas.
Megaplataforma
A dupla acrescenta que os custos podem baixar ainda mais, se a companhia levar adiante o plano de construir a sétima plataforma para operar no Campo de Búzios.
Com capacidade para produzir 225 mil barris de petróleo por dia, o UBS observa que ela seria a maior plataforma instalada no Brasil. “Isso poderia trazer a produção adicional para um breakeven ainda mais baixo”, afirma o banco.
O UBS reiterou a recomendação de compra para as ações preferenciais (PETR4) da Petrobras, com preço-alvo de R$ 26 – valor que representa uma alta potencial de 16% sobre a cotação usada como referência pelo banco.