Fusões e Aquisições

Petrobras e Total fazem parceria em exploração e refino

01 mar 2017, 12:51 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

A Petrobras e a Total anunciaram hoje (1) uma parceria nas áreas de exploração e refino de petróleo. Segundo o comunicado enviado ao mercado, a francesa irá pagar à estatal o valor de US$ 2,225 bilhões, sendo US$ 1,675 bilhão à vista.

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Os contratos, que envolvem a cessão de direitos na área do pré-sal, se somam a outros acordos já firmados em 21 de dezembro do ano passado.

“A realização dessa Aliança Estratégica é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos”, disse a Petrobras.

Veja o comunicado:

Fato Relevante – Petrobras e Total selam sua Aliança Estratégica com a assinatura de contratos definitivos

01/03/2017

Rio de Janeiro, 01 de março de 2017 – Petrobras e Total informam que assinaram, ontem, os contratos de compra e venda relacionados aos ativos da Aliança Estratégica definidos no Acordo Geral de Colaboração (Master Agreement), firmado em 21/12/2016.  

Os contratos assinados ontem selam a Aliança Estratégica entre as duas companhias, criando novas parcerias nos segmentos de upstream e downstream, juntamente com o fortalecimento da cooperação tecnológica que abrange as áreas de operação, pesquisa e tecnologia. Essa Aliança Estratégica permite que ambas as empresas combinem suas experiências, reconhecidas mundialmente, em todos os segmentos da cadeia de petróleo e gás natural, no Brasil e exterior.  

Os contratos firmados foram:

– Cessão de direitos de 22,5% da Petrobras para a Total, na área da concessão denominada Iara (campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu, que estão sujeitos a acordos de unitização com a área denominada Entorno de Iara, sob regime de cessão onerosa, na qual a Petrobras detém 100% de participação), no Bloco BM-S-11. A Petrobras continuará como operadora e a deter a maior participação nessa área, com 42,5%. A parceria com a Total trará como benefícios a desoneração de investimentos e a incorporação de soluções tecnológicas para o seu desenvolvimento a serem estudadas em conjunto, maximizando a rentabilidade e o volume de óleo a ser recuperado. A BG E&P Brasil – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc, com 25% e a Petrogal Brasil, com 10%, também fazem parte desse consórcio. 
    
– Cessão de direitos de 35% da Petrobras para a Total, assim como a operação, na área da concessão do campo de Lapa, no Bloco BM-S-9, ficando a Petrobras com 10%. O campo de Lapa encontra-se em fase de produção, tendo iniciado sua operação em dezembro de 2016. A Total, como operadora deste campo, trará benefícios para o consórcio, ao incorporar sua valiosa experiência em projetos de águas profundas para as próximas fases do desenvolvimento desafiador de Lapa, que possui características distintas dos demais campos do pré-sal em operação. A BG E&P Brasil – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc, com 30% e a RepsolSinopec Brasil, com 25%, também integram esse consórcio.

– Venda de 50% de participação da Petrobras para a Total na Termobahia, incluindo as térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, localizadas na Bahia. As duas térmicas estão ligadas ao terminal de regaseificação, localizado em São Francisco do Conde, na Bahia, onde a Total terá acesso à capacidade de regaseificação visando o suprimento de gás para as térmicas. Essa iniciativa constitui-se em uma parceria inovadora no mercado térmico brasileiro. 

Os contratos acima se somam a outros acordos já firmados em 21/12/2016, que são: (i) Carta que concede à Petrobras a opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no setor mexicano do Golfo do México, assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação; (ii) Carta de Intenção para estudos exploratórios conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial,  e  na  Bacia de Santos; e (iii) Acordo de parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.

Com as transações firmadas ontem, a Total pagará à Petrobras o valor global de US$ 2,225 bilhões, composto de US$ 1,675 bilhão à vista, pelos ativos e serviços, uma linha de crédito que pode ser acionada pela Petrobras no valor de US$ 400 milhões, representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara, além de pagamentos contingentes no valor de US$ 150 milhões. 

As conclusões das operações estão sujeitas às aprovações dos órgãos reguladores competentes e ao potencial exercício do direito de preferência dos atuais parceiros na área de Iara, além de outras condições precedentes. 

Para a Petrobras, a realização dessa Aliança Estratégica é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos. 

Para a Total, as novas parcerias com a Petrobras reforçam sua posição no Brasil, através da sua participação em novos campos da Bacia de Santos e da sua entrada na promissora cadeia de valor do gás natural.

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