Petrobras diz que petróleo que atinge Nordeste não tem características do pré-sal
A Petrobras (PETR3; PETR4) afirmou nesta quarta-feira que biomarcadores das amostras de óleo recolhidas nas praias do Nordeste não possuem características compatíveis com os óleos provenientes de reservas do pré-sal.
A empresa explicou que petróleo é formado a partir da matéria orgânica contida em sedimentos depositados há milhões de anos, e que essa matéria orgânica é constituída por restos de microorganismos que viveram em mares ou lagos e apresentam em sua constituição moléculas características que os definem biologicamente e ambientalmente, chamados biomarcadores.
Na nota, a companhia reiterou que análises realizadas pelo centro de pesquisas da empresa comprovaram que o óleo que atinge o litoral do Nordeste desde o início de setembro não é produzido nem comercializado pela companhia.
O diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, disse na semana passada que óleo que vem afetando as praias do Nordeste é uma mistura de material proveniente de três campos de petróleo da Venezuela.
A Petrobras afirmou ainda que não há nenhuma operação de exploração e produção de petróleo na área onde teria sido visualizada uma mancha, citada em estudos das universidades Federal de Alagoas (Ufal) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mais cedo, um estudo da Ufal havia dito que uma enorme mancha pode ter origem em um vazamento no fundo do mar, mas a Marinha afirmou que a referida mancha visualizada em imagens de satélite não é petróleo.
A Petrobras informou também que um sobrevoo realizado no fim da manhã com representantes do Ibama e da Marinha não foi identificada nenhuma mancha de óleo no entorno de Abrolhos, importante área de preservação ambiental.