Petrobras diz que campo de Tupi produziu 2 bilhões de barris de petróleo em julho
A Petrobras (PETR3; PETR4) informa que que a produção acumulada do campo Tupi atingiu 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em julho de 2020, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A produção acumulada ocorre apenas dez anos após a entrada do primeiro sistema de produção definitivo, Floating Production Storage and Offloading (FPSO) Cidade Angra dos Reis, e quatorze anos após a descoberta, em 2006”, enfatiza a estatal no comunicado divulgado nesta segunda-feira (28).
Entre 2010 e 2019, o consórcio, formado pela Petrobras, operadora com 65% de participação, em parceria com a Shell (25%) e Petrogal Brasil (10%), colocou em operação nove sistemas de produção, uma média de um por ano.
A Petrobras precisou vencer uma série de desafios inéditos na indústria de petróleo, como a distância da costa (localizada na Bacia de Santos a aproximadamente 230 km da costa do Rio de Janeiro) e a existência de reservatórios com poucos análogos no mundo, em águas ultra-profundas e abaixo de uma espessa camada de sal.
O marco acontece no mesmo ano em que são comemorados os 20 anos da assinatura do contrato de concessão do bloco BM-S-11, onde se localiza o campo, que é hoje o maior produtor em águas profundas do mundo, com produção de aproximadamente 1 milhão de barris por dia (bpd).
Futuro de Tupi
O campo que outrora era conhecido como Lula, antes da rebatização determinada pela ANP neste mês, tem planos arrojados na esteira da Petrobras.
A petroleira já desenvolve diversas iniciativas com o objetivo de revitalizar o campo ainda antes do início do seu declínio, buscando aumentar o fator de recuperação de óleo e gás que pode ser extraído do campo e, assim, maximizar o valor do ativo.
“Para isso, desenvolvemos projetos para a interligação de novos poços aos sistemas de produção já implantados e o uso da tecnologia de injeção alternada de água e gás (Water Alternating Gas – WAG), para manter a pressão do reservatório”, revela a companhia.
Além desses projetos, a Petrobras, em conjunto com seus parceiros, busca desenvolver outras tecnologias que permitam criar valor através do aumento da eficiência das operações, com baixo custo e alta confiabilidade, e que possam contribuir para o aumento do fator de recuperação e extensão da longevidade da produção no campo de Tupi.