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Petrobras deverá ter grandes dividendos pela frente, aponta Ágora

30 nov 2020, 20:28 - atualizado em 30 nov 2020, 22:04
Petrobras
Segundo os analistas Vicente Falanga Ricardo França, o dividend yield da empresa deverá passar de 10% até 2022 (Imagem: Petrobras/Flick)

A Ágora Investimentos elevou as projeções de pagamento de dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4) após participar do Dia do Investidor da empresa.

Segundo os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, o dividend yield da petroleira deverá passar de 10% até 2022, “o que está muito acima da média paga por seus pares globais”.

“Embora as previsões de dividendos de 5 anos não tenham mudado significativamente (US$ 30-US$ 35 bilhões), a grande diferença é que a Petrobras estava usando um preço Brent de US$ 65 por barril no plano anterior, e agora está usando uma média de 5 anos de US$ 48 por barril”, pontuam.

Ainda segundo eles, a meta da dívida é realista, mas também pode ser conservadora. A empresa fixou o número em US$ 67 bilhões para o próximo ano, que contempla um preço médio do petróleo de US$ 45 por barril para 2021.

Porém, com a possível chegada da vacina, os preços do petróleo devem aumentar e as estimativas irem por água abaixo.

“Estimamos que para cada US$ 5 que os preços do Brent subam, a geração de FCFE (Fluxo de Caixa Livre do Acionista) da Petrobras aumenta em US$ 2,6 bilhões”, afirmam.

Em relação aos custos de produção, a empresa espera que os valores continuem baixos, com uma média de extração de US$ 5,20 por barril ao longo do plano de 5 anos, “que é significativamente menor do que nossa estimativa atual de US$ 6,40 por barril”, argumentam.

Desinvestimento

A Petrobras também espera “concluir” integralmente a venda das oito refinarias colocadas no plano de desinvestimentos até o final de 2021, de acordo com o compromisso assumido com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia.

Segundo Roberto Castello Branco, além da Rlam, na Bahia, a Petrobras tem outras refinarias em que se pode chegar à assinatura de um contrato de compra e venda em futuro próximo.

“Temos as ofertas vinculantes para a Refap (no Rio Grande do Sul) e Repar (no Paraná) no dia 10 de dezembro. Isso representa seis refinarias já em curso de venda, em estágio mais avançado”, afirmou ele, em entrevista a jornalistas, após a companhia detalhar mais cedo seu plano de vendas de ativos para o período 2021-2025.

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