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Petrobras deve voltar a captar recursos no exterior, diz Estadão

08 jan 2018, 8:26 - atualizado em 08 jan 2018, 8:26

Investing.com – A Petrobras (SA:PETR4) é uma habitual cliente do mercado de dívidas externas e deve novamente acessar os investidores estrangeiros ainda neste mês. As informações são da Coluna do Broad, publicado no site do Estadão.

Segundo a publicação, a estatal ainda não decidiu definitivamente, mas o mercado entende que a estatal deve aproveitar a janela, uma vez que os custos para a captação de recursos estão atrativos.

Com as eleições em outubro, os analistas apontam que o melhor período para acessar o mercado de dívida no exterior é nos primeiros meses do ano. Além disso, o acordo feito com a Petrobras para por fim as ações nos Estados Unidos também contribui diminuir as incertezas sobre a companhia.

Em 2017, a Petrobras realizou duas captações de recursos externos, levantando um total de US$ 6 bilhões.

Ainda de acordo com a coluna, as primeiras empresas que devem realizar emissão de dívida não exterior são Rumo (SA:RAIL3), Rede D’Or e Marfrig (SA:MRFG3), o que pode acontecer ainda nesta semana.

Na sexta-feira, a Fitch divulgou nota avaliando que o acordo realizado pela Petrobras para encerrar a ação coletiva movida por investidores nos Estados Unidos representa crédito neutro para a estatal brasileira, caso a proposta seja aprovada pela justiça americana. Na agência de classificação de risco, o rating da companhia é BB Negativo.

Segundo a Fitch, o pagamento de US$ 2,95 bilhões poderá ser coberto com dinheiro em caixa, sendo o impacto na alavancagem e no fluxo de caixa manejável. Com isso, a agência acredita que essa multa poderá pressionar o fluxo de caixa livre a entrar em território negativo.

Um ponto positivo, segundo a Fitch, é que a Petrobras segue fazendo parte das investigações nos Estados Unidos relacionadas ao caso de corrupção da Lava Jato, o que reduz o risco de litigância e pode resultar em multas.

A Petrobras informou na quarta-feira que assinou acordo para encerrar ação coletiva (“Class Action”) nos Estados Unidos, prevendo o pagamento de 2,95 bilhões de dólares, montante que terá impacto nos resultados da companhia no quarto trimestre de 2017.

Com Reuters

Por Investing.com