Petrobras destina 1ª carga do FPSO Carioca, em Sépia, para refinarias em São Paulo
A Petrobras (PETR4) realizou a primeira operação de transferência de óleo do FPSO Carioca, primeiro sistema de produção definitivo instalado no campo de Sépia, área da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a companhia em nota à Reuters nesta quarta-feira.
A operação destinou o petróleo extraído pela unidade, maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade, para a produção de derivados na Refinaria Henrique Lage (Revap) e na Refinaria de Paulínia (Replan), ambas em São Paulo.
“O petróleo produzido no campo foi transportado pelo navio Rio Grande, que descarregou 44.650 m³ do produto no Terminal de São Sebastião (SP). De lá, o petróleo seguiu para as refinarias por meio de oleodutos”, disse a empresa.
A plataforma, que será também a maior unidade do país em termos de produção de petróleo quando atingir o seu pico, entrou em operação no fim de agosto e produziu, em média, 48 mil barris por dia em setembro.
Afretado junto à Modec, o FPSO Carioca está localizado a aproximadamente 200 quilômetros da costa do Estado do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 2.200 metros, e tem capacidade para processar diariamente até 180 mil barris de óleo e comprimir até 6 milhões de m³ de gás natural.
O escoamento da produção de petróleo do FPSO é realizado por navios aliviadores e a produção de gás é escoada pelas rotas de gasodutos do pré-sal.
“Com o início da produção no campo de Sépia, a Petrobras reafirma e consolida o foco de sua estratégia nos reservatórios em águas profundas e ultraprofundas, em projetos que têm como premissa a segurança e o respeito ao meio ambiente, acelerando a geração de valor para a sociedade”, disse a empresa.
O FPSO Carioca será a única plataforma a entrar em operação a serviço da Petrobras neste ano.
Para 2022, estão previstas pela petroleira estatal outras duas unidades, também da Modec, nos campos de Mero e Búzios, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.