Petrobras: Decisão sobre Transferência de Direitos sai até 7/12, diz Bradesco
A equipe de análise do Bradesco avalia que uma decisão final sobre a Transferência de Direitos sobre áreas do pré-sal entre a Petrobras e o governo federal poderá ser tomada até o dia 7 de dezembro, aponta um relatório enviado a clientes nesta semana e assinado por Filipe Gouveia e Ricardo França.
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Na última sexta-feira, a ANP publicou as suas estimativas para o valor excedente, com base na avaliação da consultoria Gaffney, Cline & Associates. Foram realizadas três estimativas diferentes com um percentual de chance de ocorrência de volume igual ou superior a (o total é acrescentado de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente já negociados com a Petrobras, em 2010):
Estimativas da Gaffney, Cline & Associates (em bilhões de barris) | ||
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% | Volume recuperável | Total |
90% | 6,1 | 11,1 |
50% | 10,8 | 15,8 |
10% | 15,1 | 20,1 |
Este anúncio é, segundo os analistas, o primeiro passo para o ajuste da transferência de direitos. “O próximo passo para a conclusão do processo de ajuste será depois da negociação entre Petrobras e o governo, algo que esperamos ocorrer antes da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no próximo dia 7 de dezembro”, avaliam.
O Bradesco estima o valor a receber em torno de US$ 8 bilhões ou 1,4 bilhão de barris de óleo equivalente.
A terceira etapa do processo, argumenta o relatório, é o leilão do excedente. A estimativa é de que isso ocorra no primeiro semestre de 2018, quando o governo poderia levantar aproximadamente R$ 60 bilhões por bônus de assinatura, “o suficiente para pagar a Petrobras e receber o restante como receita única”.
Em 2010, a Petrobras recebeu o direito de explorar o pré-sal a um máximo de 5 bilhões de barris. O preço do contrato estabeleceu o pagamento de US$ 8,5 boe. A lei também dizia que o acordo estava sujeito a um processo de revisão com base em um relatório feito por especialistas independentes contratados pela Petrobras e ANP. É este o processo que acontece atualmente.
Como o valor esperado é de US$ 6, o governo federal deve compensar a empresa, que pagou US$ 8,50. A expectativa, contudo, é que este pagamento seja feito em petróleo e não em dinheiro.