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Petrobras dá pequeno passo para trás com nova política de preços para o gás

18 jan 2018, 17:03 - atualizado em 18 jan 2018, 17:03

Após um longo período de preços congelados, entre 2003 e 2015, a Petrobras (PETR3; PETR4) finalmente anunciou em junho de 2017 uma política de preços que se conectasse ao mercado internacional, mas o anúncio desta quinta-feira (18) que suaviza a volatilidade para o gás de cozinha no mercado interno é visto como “um pequeno passo para trás”.

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Esta é a visão do Credit Suisse em um relatório enviado a clientes na tarde de hoje. Segundo os analistas Andre Natal e Regis Cardoso, o impacto de manter os preços por um período mais longo no GLP não deve ser significativo quanto o que seria caso isso também fosse revisado para outros combustíveis. Isso só aconteceria em um cenário de prolongado aumento de preços das referências internacionais.

“Mas, não vemos como uma fórmula menos volátil ajudará a maximizar os resultados da Petrobras e também pensamos que a nova redação deixa a opção para as futuras equipes de administração decidam quanto dos aumentos de preços necessários serão transmitidos. Além disso, se os preços internacionais subirem de forma consistente por algum tempo, a empresa pode ter que importar GLP abaixo dos preços domésticos e ser reembolsado apenas um ano depois“, destacam os analistas. A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi mantida.

Mudança

A Petrobras anunciou hoje pela manhã a revisão de sua política de preços do GLP de uso residencial, comercializado em botijões de até 13 kg e definiu novos critérios para aplicação dos reajustes, além de uma regra de transição para 2018, que reduzirá o preço vendido nas refinarias em 5% a partir de amanhã.

O objetivo, explica a empresa, foi suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico e reconhecer como de interesse da política energética nacional a prática de preços diferenciados para a comercialização do GLP de uso residencial.

“A Petrobras acredita que estes novos critérios permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto. A referência continuará a ser o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu acrescido de margem de 5%”, aponta a nota.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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