Comprar ou vender?

Petrobras: Credit Suisse eleva ações para compra

22 mar 2017, 11:43 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

O Credit Suisse elevou a recomendação das ações da Petrobras negociadas em Nova York de “neutral” para “outperform”, o equivalente à compra, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (22).  A indicação para os papéis é correspondente às ações preferenciais (PETR4). A empresa anunciou ontem o terceiro ano de prejuízo consecutivo, mas lucrou no quarto trimestre de 2016.

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Apesar da mudança na recomendação, o preço-alvo para os papéis foi mantido em US$ 11. “Temos sido cautelosos com a Petrobras, com o mesmo preço-alvo desde setembro de 2016, e isso tem provado ser adequado com o preço das ações não fugindo muito disso no período”, avaliam os analistas Andre Natal e Regis Cardoso.

Eles ressaltam que nas últimas duas semanas as ações caíram significativamente e que apenas este movimento foi capaz de criar um potencial de valorização de 25% na comparação com o preço alvo. “A recente fraqueza no mercado de petróleo teve a sua culpa, mas como a maior parte do valor da companhia está no longo prazo e a visão do Credit Suisse para o petróleo continua inalterada, vemos a recente baixa das ações como uma oportunidade”, explicam.

As ações têm queda de 11% na Bolsa de Nova York apenas em março e são negociadas a US$ 8,36.

Potencial

O banco também projeta espaço para mais valorização com a materialização de alguns pontos importantes para a empresa. O mais evidente, claro, é o petróleo. O Credit Suisse avalia que qualquer elevação no curto prazo poderia se transformar em uma rápida correção da ações.

O passo seguinte é a renegociação dos direitos de exploração. “Não achamos que seja razoável pagar antecipadamente por um negócio potencialmente bom em favor da Petrobras e não assumimos isso em nosso preço-alvo. Mas reconhecemos o risco de alta se esse processo levar a uma injeção de capital (ou petróleo) na empresa, que pode ser um impulso importante para o valor (e liquidez, dependendo do formato necessário)”, ressaltam Natal e Cardoso.