Petrobras: corte de preços abaixo da queda do petróleo torna estatal mais defensiva
O último ajuste de preços da Petrobras para os combustíveis veio abaixo da queda vista no mercado internacional de petróleo nos 19 dias após a mudança anterior àquela anunciada na quarta-feira passada, argumenta o Citi em um relatório assinado pelo analista Pedro Medeiros.
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“O corte ficou abaixo da queda de 11% observada nos preços internacionais seguindo a fraqueza do Brent. O ajuste manteve as margens próximas das máximas desde outubro de 2016”, explica. O banco tem a recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 21,50 para as ações preferenciais (PETR4), o que representa um potencial de valorização de 75%.
Segundo Medeiros, o anúncio pode ter uma leitura positiva dado que a Petrobras poderia oferecer alguma proteção sobre a recente fraqueza no petróleo.
Margens
Com isso, as margens da Petrobras estão em linha com o esperado pelo Citi. “Para o segundo trimestre de 2017, os spreads de gasolina e diesel estão em US$ 20 o barril e US$ 29,5 o barril, respectivamente, o que está em linha com nossas projeções”, ressalta o banco.
Os cálculos apontam que para cada um dólar de margem, o Ebitda da Petrobras engorda em US$ 400 milhões em uma base anualizada.
“A premissa foi guiada por: 1) Nossa estimativa de maiores preços para o petróleo, e 2) destacamos que a utilização das refinarias continua a um nível baixo e também em função dos pedidos por importação de combustíveis que estão crescendo. Os pedidos de importação de combustíveis em abril e maio (ex-Petrobras) foram 5% e 13% maiores para gasolina e diesel versus o primeiro trimestre de 2017”, finaliza o analista.