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Petrobras: coronavírus, dólar alto e petróleo barato devem gerar prejuízo de R$ 23 bi no trimestre, diz Credit Suisse

27 jul 2020, 19:31 - atualizado em 27 jul 2020, 20:41
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Segundo o Credit Suisse, a queda do preço médio do barril Brent poderia levar a uma retração de 52% do Ebitda no comparativo trimestral (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PBR) apresentará os números do segundo trimestre de 2020 nesta quinta-feira (30), e a expectativa do Credit Suisse é de que a companhia tenha um prejuízo de R$ 23 bilhões devido aos impactos do coronavírus, à alta do dólar e, principalmente, à queda dos preços do petróleo.

Segundo Regis Cardoso, autor do relatório divulgado pelo banco aos clientes, a queda do preço médio do barril Brent poderia levar a uma retração de 52% do Ebitda no comparativo trimestral. A diminuição da produção de óleo, os volumes menores no segmento de energia e gás e o desconto maior nas exportações também trariam efeitos negativos para os resultados.

A receita líquida estimada para o período é de R$ 36,8 bilhões, queda de 51%.

O pior já passou

Apesar das projeções negativas sobre o balanço, o Credit Suisse acredita que o pior já ficou para trás, visto que os preços do petróleo começaram a se recuperar no fim de junho.

“Continuamos enxergando valor na Petrobras a preços de petróleo mais normalizados”, destaca Cardoso. “Ainda vemos um valuation atrativo e permanecemos positivos com a tese de investimento da empresa”.

A recomendação de compra para as ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras permanece inalterada. O preço-alvo indicado para os próximos 12 meses é de US$ 15.