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Petrobras (PETR4) confirma retomada do projeto de unidade de fertilizantes no MS

25 out 2024, 18:08 - atualizado em 25 out 2024, 21:40
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Petrobras ressalta que a autorização final para a retomada das obras ainda passará pelo crivo das autoridades competentes. (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR4) anunciou nesta sexta-feira (25) que seu Conselho de Administração aprovou a continuidade do projeto da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul (MS). A companhia estima um investimento de R$ 3,5 bilhões para concluir a unidade.

Segundo a estatal, a decisão é baseada em uma reavaliação criteriosa do projeto, conduzida sob as premissas do Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-2028), que confirmou a viabilidade econômica do investimento. A Petrobras destacou que o projeto apresenta Valor Presente Líquido (VPL) positivo, mesmo no “cenário mais desafiador”.

O projeto da UFN-III estava hibernado desde 2015, mas sua reavaliação foi motivada pela decisão da Petrobras, no ano passado, de retornar ao segmento de fertilizantes, alinhada às diretrizes estratégicas do PE 2024-2028. Com a aprovação do conselho, a UFN-III passa a fazer parte dos projetos em implantação e avança para a fase de contratação das obras para sua conclusão, prevista para 2028.

A Petrobras ressalta que a autorização final para a retomada das obras ainda passará pelo crivo das autoridades competentes da empresa, o que permitirá a formalização dos contratos.

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A UFN-III, segundo a Petrobras

A UFN-III, segundo a Petrobras, terá capacidade de produzir anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia.

A localização em Três Lagoas é estratégica, próxima aos maiores mercados consumidores de fertilizantes no Brasil, com destaque para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, disse. Essa proximidade, segundo a empresa, agrega confiabilidade e eficiência ao fornecimento para uma demanda crescente por ureia fertilizante no mercado nacional.

A amônia é uma matéria-prima para a produção de fertilizantes e petroquímicos, além de outros produtos agropecuários; e a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado no Brasil, cuja demanda nacional é estimada em cerca de 7 milhões de toneladas para 2024, sendo integralmente importada atualmente.

O milho é a principal cultura para demanda de ureia fertilizantes no Brasil, mas o produto também é utilizado no cultivo de cana-de-açúcar, café, trigo e algodão, entre outros.

A ureia também será destinada ao segmento da pecuária, utilizada como complemento alimentar para animais ruminantes.