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Petrobras coloca óleo no chope da bolsa enquanto investidores aguardam balanços do 1T24 e CPI dos EUA; confira essas e outras notícias que agitam os mercados hoje

15 maio 2024, 8:27 - atualizado em 15 maio 2024, 8:27
petrobras petr4 dividendos
(Imagem: Divulgação/Canva // Montagem: Bruna Martins)

O Ibovespa até começou bem a semana. Subiu 0,44% na segunda-feira. Ganhou mais 0,28% na terça. Talvez pudesse avançar mais um pouquinho hoje. Vai que a inflação nos Estados Unidos não vem tão salgada quanto esperam os analistas.

Mas não está fácil para a bolsa brasileira deslanchar em 2024 — como se imaginava quando o ano começou. Cada hora acontece alguma coisa. No Brasil, fora do Brasil, daqui a pouco fora do planeta (alguém alcança meu chapéu de alumínio?).

Os ADRs da Petrobras caem quase 10% na manhã de hoje no pré-mercado em Nova York. Já o EWZ, principal ETF do mercado brasileiro de ações no exterior, recua perto de 2%.

O movimento é uma reação à notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates.

Não é que os investidores morram de amores por Prates. Longe disso. Mas depois de o senador ter sobrevivido ao episódio da retenção dos dividendos, a fritura de Prates parecia até ter diminuído.

A reação se deve principalmente a quem será o próximo presidente da Petrobras. Ou próxima. O Ministério de Minas e Energia indicou Magda Chambriard.

Experiência no setor de óleo e gás é o que não falta para a ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que também já trabalhou na Petrobras.

A indicação parece sugerir uma entrada mais firme da Petrobras em uma transição no sentido de ser cada vez menos uma empresa de petróleo e cada vez mais uma empresa de energia. O movimento é similar ao observado em outras gigantes internacionais do petróleo.

Na avaliação dos investidores, porém, uma transição desse porte demanda investimentos com perspectiva incerta de retorno e pode colocar em risco os dividendos distribuídos pela Petrobras.

Enquanto a situação não se resolve, acompanhe os desdobramentos na cobertura de mercados do Seu Dinheiro.

O que você precisa saber hoje

TUDO OU NADA?
Quem vai ficar com ela? Petrobras (PETR4) abre o jogo sobre a compra de 100% da Braskem (BRKM5).
 A possibilidade de a estatal ficar com todo o controle da petroquímica voltou a ser discutida pelo mercado depois que a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos desistiu do negócio, colocando o processo de venda de volta à estaca zero.

100 MILHÕES DE CLIENTES
Nubank (ROXO34) lucra US$ 379 milhões no 1T24, alta de 160%, e mantém rentabilidade superior aos demais bancões. 
Lucro líquido veio um pouco abaixo das estimativas compiladas pelo SD, mas acima do consenso da Bloomberg;s ROE se manteve em 23%, acima da concorrência.

MULTIMERCADOS
Ex-colega de Campos Neto no BC, gestor da Itaú Asset aposta em Copom mais rígido com os cortes na Selic daqui para frente.
 Ex-diretor de política monetária do BC entre 2019 e 2023 — sob o comando de RCN —, o economista Bruno Serra revelou o que espera para os juros no Brasil.

UM PRATO QUE SE COME FRIO
A vingança da China: EUA impõem pacote multibilionário de tarifas a carros elétricos chineses e Xi Jinping quer revanche.
 O governo chinês disse que o país tomaria medidas resolutas para defender os seus direitos e interesses e instou a administração Biden a “corrigir os seus erros”.

Verde, Ibiúna, Kapitalo, Kinea e mais: Como os principais gestores do país estão investindo? Bruno Mérola, especialista em fundos multimercados, vai responder na edição especial do Giro do Mercado nesta quarta (15)Clique aqui para assistir.

seudinheiro@moneytimes.com.br