Petrobras: BTG vê “déjà vu” porém mantém recomendação de compra às ações
“Déjà vu”. Este é o título de relatório de research do BTG Pactual (BPAC11), no qual o banco avalia a postergação da política de reajuste do diesel proferida pela Petrobras (PETR3; PETR4) na noite da última quinta-feira (11).
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Os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares ponderam a dicotomia existente entre a pressão dos caminhoneiros e as decorrências para o crescimento do país com a concomitância dos interesses da Petrobras como empresa de capital aberto.
“Estamos em um novo dilema: enquanto as consequências de uma nova greve poderia provavelmente ser muito negativa para a agenda de crescimento do país (incluindo as reformas) e mesmo para a Petrobras, a ideia de que a empresa é muito mais exposta a influência política, mesmo debaixo de uma agenda liberal, coloca em risco pilares centrais de seu processo de redução de risco”, pondera o BTG.
A espera de explicações
O banco ressalta a expectativa de pronunciamentos tanto do CEO Roberto Castello Branco quanto do ministro da Economia Paulo Guedes para explicar a mudança na política de preços da companhia.
Por fim, os analistas destacam a preocupação em torno da liberdade operacional da estatal no reajuste de preços e a expectativa de que a Petrobras inicie logo a venda das refinarias.
“Manteremos a recomendação de compra das ações por ora, esperando desenvolvimentos posteriores”, conclui o BTG, listando preço-alvo de US$ 20,00 para os ADRs listados na NYSE, upside (potencial de valorização) de 37,4% em relação ao último fechamento.
Os papeis da estatal despencam 3,82% nesta sexta-feira (12).