Petrobras (PETR4) agora é compra, diz BofA, que prevê alta de 40%
O Bank of America (BofA) elevou a recomendação para a Petrobras (PETR4), de neutro para compra, a um preço-alvo de R$ 45 (ante R$ 33) – o que implica um potencial de alta de cerca de 40%.
Mais cedo, o BTG Pactual também alterou a recomendação da Petrobras para compra, a um preço-alvo de US$ 16 para as ADRs. As ações da estatal subiam 4,6% na tarde desta terça-feira, a R$ 32.
Os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes, que assinam o relatório do BofA, disseram que a mudança é apoiada em melhores perspectivas para o petróleo até 2024 na América Latina.
A equipe do BofA prevê o Brent a US$ 90 o barril no próximo ano, acima do consenso. “O setor está em uma posição forte para gerar retornos sólidos para os investidores, dadas as perspectivas de dividendos e produção”, disse a instituição.
Em parte, o aumento dos preços do petróleo se deve a uma queda nas exportações russas e a uma redução da produção da Arábia Saudita.
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No setor, os analistas do BofA preferem a ação da Prio (PRIO3) por causa do que eles avaliam como potencial de crescimento de produção, rentabilidade mais forte com diluição de custos e vantagens em aquisições.
Dividendos extraordinários
Para os analistas do BofA, a Petrobras pagará dividendos extraordinários. Eles destacaram que a empresa não possui reserva estatutária e, portanto, não pode reter caixa.
Os analistas do banco argumentam que o governo apoia a distribuição de dividendos extraordinários por conta da situação fiscal do país.
Eles também citam uma política de preços de combustíveis mais alinhada com os preços internacionais.
O BofA estima um rendimento de dividendos de até 19% no segundo semestre deste ano, considerando o petróleo a US$ 81, e de 22% em 2024, com o Brent a US$ 90.