PETR4: Redução do preço da gasolina veio como surpresa, mas mercado quer saber de ‘gordos dividendos’
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) voltaram a ganhar tração nesta quinta-feira (28), depois que a companhia anunciou uma nova redução no preço médio do litro da gasolina vendido a distribuidoras.
Por volta das 13h50, os papéis ordinários e preferenciais subiam 1,15% e 1,72%, respectivamente. No mesmo horário, o Ibovespa engatava uma valorização de 0,44%, a 101.885,49 pontos.
A companhia anunciou há pouco um novo ajuste nos preços de venda da gasolina. A partir desta sexta (29), o preço médio de venda do combustível a distribuidoras passará a ser de R$ 3,71, contra R$ 3,86 aplicados hoje. Isso representa uma redução de R$ 0,15.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,70 a cada litro vendido na bomba.
Essa é a segunda redução que a estatal promove em menos de duas semanas. Na última vez, a companhia cortou o preço da gasolina em R$ 0,20.
Segundo a Petrobras, a redução é consequência da evolução dos preços de referência do derivado no mercado internacional e não leva em consideração a volatilidade conjuntural das cotações do Brent nem a volatilidade cambial.
Para a Ativa Investimentos, o anúncio de hoje veio como uma surpresa. Ela avalia que a redução aumentaria ainda mais a defasagem aos preços cobrados pela Petrobras.
“Com um preço do galão no Golfo a US$ 3,07, o litro a US$ 0,81 e o dólar a R$ 5,22, a gasolina atualmente a R$ 4,23 no Golfo e frente aos R$ 3,87 cobrados atualmente, existiria uma defasagem próxima a 10% aos preços cobrados pela Petrobras. Com a redução, esta alcançaria patamar ainda superior”, diz a corretora.
Mercado está de olho nos resultados (e nos dividendos)
Apesar da surpresa, o mercado está, na verdade, de olho nos resultados do segundo trimestre. A Petrobras divulga hoje à noite, após o fechamento do mercado, seus números trimestrais.
Além da divulgação do balanço, a Ativa acredita que a Petrobras vai anunciar uma “forte distribuição de dividendos adicional”.
A corretora avalia que, com o caixa líquido de US$ 18 bilhões (R$ 94 bilhões) no primeiro trimestre, a Petrobras deve trabalhar com valores de dividendos entre US$ 8-10 bilhões (R$ 42-52 bilhões) “no futuro próximo”.
“Ainda que a Petrobras não deva distribuir todo este excedente atualmente disposto de uma só vez, se somarmos R$ 15 bilhões desse valor aos R$ 33 bilhões que estimamos de lucro para a companhia neste trimestre, chegamos a uma possível distribuição de R$ 3,67/ação neste trimestre, o equivalente a mais de 11% de yield (rendimento) frente ao fechamento de ontem”, destaca.
A Petrobras reportou na semana passada seu relatório de produção e vendas do segundo trimestre. A companhia produziu uma média de 2,6 milhões de barris de petróleo e gás por dia, queda de 5% em relação ao ano passado.
De acordo com a empresa, a produção foi afetada pelo início o de vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes de Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, com impacto no segundo trimestre de 90 mil barris de óleo por dia no volume de produção que cabe à Petrobras nesses campos.
Além disso, houve maior número de paradas para manutenções e intervenções nas plataformas.
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