PETR3, BBAS3: Mudança do Governo pode potencializar estratégia de lucrar com dividendos

A notícia de que o governo irá pedir que as empresas estatais, como Petrobras (PETR3;PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), adiante dividendos gerou alguns burburinhos no mercado.

As ações chegaram a ter alguma reação, mas sem grandes oscilações.

Para Heitor De Nicola, sócio e assessor de renda variável da Acqua Vero, esse não é o tipo de decisão que terá impacto no valor das ações.

“Então, caso as empresas decidam acatar a antecipação, pouca coisa muda para os investidores, que apenas passarão a receber os dividendos em prazos menores”, coloca. Ou seja, os valores continuarão iguais, só a periodicidade irá mudar, no caso semestral para trimestral.

Apesar disso, Nicola afirma que para quem tem uma estratégia de reinvestimento mais diversificada, de aplicar em papéis que não necessariamente são da mesma empresa que pagou os dividendos, a mudança pode ter pontos positivos.

“Nesse caso, pagamentos menores, mas com mais recorrência, podem vir a calhar caso surjam oportunidades de curto prazo com outros setores ou papéis”, completa.

A antecipação dos dividendos para o Governo servirá para pagar parte da PEC Kamikaze, que concedeu uma série de auxílios.

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Qual é o impacto para os dividendos da Petrobras e Banco do Brasil?

A antecipação de dividendos, solicitada pelo governo às estatais federais, não seria exatamente um problema para a Petrobras, por conta do nível de alavancagem da companhia, disseram analistas nesta terça-feira (26).

O BTG Pactual calcula que, excluindo potenciais vendas de ativos não recorrentes, a petroleira poderia antecipar R$ 61 bilhões (US$ 12 bilhões) em dividendos relativos ao segundo semestre de 2022, assumindo um preço médio de petróleo tipo Brent de US$ 100 e o dólar a R$ 5,30.

“Enquanto aguardamos mais detalhes concretos sobre a decisão da empresa, reiteramos nossa visão cautelosa sobre Petrobras“, diz trecho de relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte.

Com Kaype Abreu

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