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Pessimismo com lucros em emergentes se assemelha à crise de 2008

27 jul 2022, 12:57 - atualizado em 27 jul 2022, 12:57
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Os lucros caíram 48% durante essa fase, pois a crise levou a uma recessão nos EUA e a uma desaceleração econômica global (Imagem: Unsplash/Robert Linder)

Um sinal técnico que previu um colapso dos lucros das empresas de países emergentes em 2008 voltou a se configurar.

Analistas têm cortado as projeções de lucros de 12 meses para membros do MSCI Emerging Markets Index desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro.

Agora, pela primeira vez desde a crise financeira global, a previsão média para o índice caiu abaixo dos lucros divulgados nos últimos 12 meses.

A última vez que isso aconteceu, em outubro de 2008, as empresas de países em desenvolvimento tiveram sucessivos declínios trimestrais nos lucros que duraram até dezembro de 2009.

Os lucros caíram 48% durante essa fase, pois a crise levou a uma recessão nos EUA e a uma desaceleração econômica global.

As estimativas de lucro de 12 meses normalmente ficam acima do desempenho nos 12 meses anteriores, à medida que os analistas levam em consideração o crescimento econômico. Quando isso não é mais o caso, é porque eles esperam uma contração na atividade e na receita.

Os lucros aumentaram em seis dos últimos sete trimestres, depois que o estímulo de bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, ajudou os países em desenvolvimento a reabrirem suas economias após os lockdowns da pandemia. Um boom das commodities também ajudou os exportadores.

Mas com a retirada do estímulo e juros em alta, as perspectivas para os países em desenvolvimento se deterioraram. Economistas projetam que o crescimento no mundo em desenvolvimento cairá pela metade para 3,2% este ano, com uma desaceleração no ritmo de expansão na China para 4%.

“Existem muitos ventos contrários globalmente que impactam direta e indiretamente os mercados emergentes e fazem com que os lucros sejam revisados para baixo”, disse Leonardo Pellandini, estrategista de ações do Banco Julius Baer. “O foco está na desaceleração das commodities e se os bloqueios na China aumentam o risco de uma maior deterioração dos lucros. O dólar mais forte também terá repercussões.”

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