Pesquisadores pedem que CoinMarketCap e CoinGecko forneçam dados mais claros
Pesquisadores que realizaram um estudo sobre “wash trading” — tipo de manipulação de mercado que faz o ativo parecer ter mais demanda do que ele realmente tem — pediram que sites populares de métricas de dados identificassem os altos níveis de negociações suspeitas em mercados cripto.
Blockchain Research Lab publicou o estudo nessa quinta-feira (20), confirmando pesquisas anteriores de que até 98% da atividade de negociação em corretoras pode ser falsa.
“Sites de comparação de cripto como CoinMarketCap e CoinGecko precisam intensificar suas iniciativas para agora mostrarem o volume de wash trading em suas estatísticas”, disse Ingo Fiedler, cofundador do Blockchain Research Lab, ao Decrypt.
Corretoras de criptoativos são incentivadas a permitir wash trading porque impulsiona o tráfego on-line e expande o número total de investidores de sua plataforma.
Porém, sites de métricas de dados não têm tal incentivo e podem resolver a questão.
“Esses sites são a fonte principal para milhões de negociadores cripto. Até agora, têm o melhor alcance entre aqueles que lidam com os custos de wash trading, acrescentou Fiedler.
O estudo dividiu corretoras em três categorias: corretoras com quase nenhuma evidência de wash trading (Bitfinex, Bitstamp, Bittrex, Kraken e Poloniex), corretoras com evidências mistas (Binance, HitBTC, KuCoin e YoBit) e corretoras que já mostraram evidências de wash trading (FCoin, Huobi e OKEx).
O estudo, realizado entre julho e novembro de 2019, autores coletaram dados sobre valores de negociação, saldo de tokens na Ethereum e tráfego on-line, visando dados sobre bitcoin, ether, ripple, dólar e tether.
Esses dados foram comparados para estimar a extensão de wash trading entre as corretoras selecionadas. O par mais popular, BTC/USD, teve um volume diário de US$ 490 milhões no grupo das corretoras com wash trading.
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