Pesquisa XP mostra Bolsonaro estável, mas com mais rejeição
Por Arena do Pavini – A 23ª e última rodada da Pesquisa Presidencial da corretora XP Investimentos mostra que, três dias antes das eleições, Jair Bolsonaro, do PSL, continua liderando, com 16 pontos percentuais à frente de Fernando Haddad, do PT, informou hoje a instituição financeira. Segundo o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipesp), Bolsonaro lidera com 58% a 42% dos votos válidos, o mesmo resultado da semana passada. Considerando o total de votos, inclusive os brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro tem 51% e Haddad, 37%, mesmos percentuais da pesquisa anterior. Os brancos e nulos também ficaram estáveis, em 10%, enquanto os indecisos caíram de 3% para 2%.
Ontem, pesquisa do Datafolha mostrou o candidato do PSL reduzindo a vantagem de 18 para 12 pontos percentuais.
A pesquisa foi feita por telefone nos dias 23 e 24 de outubro com 2 mil pessoas em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos para cima ou para baixo.
Rejeição maior
Apesar do resultado principal, as taxas de rejeição mudaram, diz a XP. Aqueles que alegam que não votariam em Haddad em qualquer circunstância caíram de 52% para 47%, enquanto 36% dizem que não votariam em Bolsonaro – foram 34% na semana passada.
Reforma política mais importante que Previdência
Os eleitores também foram questionados sobre a importância de três reformas. A reforma previdenciária é vista como menos importante, pois 42% dos eleitores dizem que é muito importante. A reforma política é considerada a mais importante, já que 62% dos eleitores afirmam isso.
Os partidários de Bolsonaro são mais propensos a ver as reformas como “muito importantes”: 48% deles dizem que a reforma da previdência é “muito importante”, enquanto 36% dos eleitores de Haddad escolheram essa opção. Em relação à reforma política, 69% dos que pretendem votar em Bolsonaro disseram que é “muito importante”, que é superior aos 53% de partidários de Haddad.
Bolsonaro é visto como maior vítima das fake news
A pesquisa questionou os eleitores sobre os efeitos das notícias falsas. Bolsonaro é visto como o candidato mais prejudicado por esse tipo de mensagem (40%) quando comparado a Haddad (31%). Ao mesmo tempo, Bolsonaro também é visto como o mais beneficiado pelas fake news, segundo 33% dos entrevistados, para 31% de Haddad.