Pesquisa revela tendência de congelamento dos aumentos salariais devido à crise
Em uma de suas mais recentes pesquisas, “Impactos da Crise na Estratégia de Remuneração Total”, que contou com a participação de 215 empresas de todo o País, a Mercer, líder global de consultoria em carreira, verificou que embora haja muita especulação e iniciativas esparsas, ainda parece cedo para modificar mais substancialmente as práticas de remuneração diante do cenário de crise causado pela Covid-19.
Cerca de 45% das empresas responderam que consideram congelar os aumentos salariais da força de trabalho em 2020. Outras 30% avaliam a redução da jornada e do salário por um período determinado.
Em relação aos planos de incentivo de curto prazo, como pagamento de bônus ou participação nos lucros, 26% das organizações pensa em adiar a definição das metas de desempenho, enquanto 25% irá revisar os indicadores de performance para este ano.
Para o líder de produtos de carreira da Mercer Brasil, Rafael Ricarte, “em tempos de crise as empresas precisam adaptar suas estratégias, mas a atual pandemia e suas consequentes incertezas tem gerado muita dúvida para as organizações.
O estudo revelou que existe muita incerteza sobre como adequar as práticas de remuneração ao atual momento, porque nunca vivenciamos uma situação como essa. A verdade é que o passado pode não ser mais um guia para o futuro”, conclui o consultor.
De acordo com o estudo, as organizações estão analisando várias alternavas para adaptar seus planos de remuneração variável para a força de vendas.
Entre elas, destacam-se: ganhar uma remuneração variável mínima durante um tempo determinado (19%), reduzir as metas de vendas (16%), introduzir campanhas com premiações específicas (12%), e revisar os indicadores de desempenho (11%).