Pesquisas

Pesquisa: Para brasileiros, médicos e jornalistas são as fontes de informação mais confiáveis

23 jul 2019, 13:40 - atualizado em 23 jul 2019, 13:40
Médicos e jornalistas apresentaram 49% e 38% das menções, respectivamente, seguidos pelos religiosos, com 29%, e pelos cientistas, com 25% (Imagem: Pixabay)

Os médicos e os jornalistas são as fontes de informação mais confiáveis para os brasileiros, de acordo com a nova edição da Pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil 2019, elaborada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os dois grupos apresentaram 49% e 38% das menções, respectivamente, seguidos pelos religiosos, com 29%, e pelos cientistas, com 25%.

Apesar de seguirem atrás dos religiosos na lista de confiança como fontes de informação, o perfil de apresentação dos cientistas na cultura brasileira se mantém positiva: 41% dos brasileiros associam a figura do pesquisador como “uma pessoa inteligente que faz coisas úteis à humanidade”. Outra parcela da população que se destacou neste ano foi a das pessoas que consideram os cientistas como “pessoas comuns com treinamento especial” (23%).

Menor confiança

Quanto às fontes de informação menos confiáveis na visão dos brasileiros, os políticos detêm a grande maioria das respostas (84%). Artistas e militares vêm logo em seguida, com 24% e 22%, respectivamente.

Temas de interesse do brasileiro

Medicina e saúde, com 79% das citações, são os principais temas de interesse da população brasileira. Meio ambiente e religião também se destacam, com 76% e 69% das respostas, respectivamente.

A distância no interesse entre pessoas de alta e baixa escolaridade, assim como entre as de baixa e alta renda, continua em descompasso. Com o aumento da escolaridade, a porcentagem de entrevistados declarando muito interesse em ciência e tecnologia aumenta de forma acentuada.

A diferença de idade também apresenta perspectivas diferentes. Entre os jovens, ciência e tecnologia se destacam como o tema mais interessante, juntamente com meio ambiente. Para os idosos, no entanto, saúde e religião são os mais atrativos.

A análise da renda também revela uma trajetória: quanto maior a renda, maior é o interesse, com exceção da religião.

Hábitos culturais

Há uma queda acentuada de brasileiros que fazem visitas a museus. Menos de 10% foram a um museu de arte nos últimos 12 meses. Os que visitaram uma biblioteca no mesmo período não chegam a 20%.

Dentre os motivos apresentados, 39% não consideram como prioritárias as atividades realizadas dentro dos espaços. A maioria, no entanto, relata ter problemas de acesso.

“A falta de acesso demonstra ser um obstáculo crucial especialmente para a população que vive na área rural e em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos”, destaca o relatório.

O consumo de informação envolvendo ciência e tecnologia também caiu. 81% da população já não se informa com tanta frequência por jornais impressos ou programas de rádio. 79% dizem raramente ou nunca consumir livros para se manter atualizados.

Riscos

A maioria da população (55,6%) concorda que os cientistas devem expor publicamente os riscos decorrentes dos desenvolvimentos científicos e tecnológicos. Para 52,8%, a população deve ser ouvida nas grandes decisões sobre os rumos da ciência e da tecnologia.

Uma parcela menor (18,1%) acredita que os cientistas são responsáveis pelo mau uso que outras pessoas fazem de suas descobertas, enquanto 16,3% dos brasileiros defende que, se uma nova tecnologia oferece benefícios, ela deve ser usada mesmo que suas consequências não sejam bem conhecidas.

Confira esses e outros pontos na íntegra da pesquisa:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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