Pesquisa: modelo híbrido de trabalho é a preferência de 48% das empresas
A necessidade de distanciamento social nos últimos anos, devido a pandemia do coronavírus, acelerou a inovação e a tendência de novas políticas de trabalho que, cada vez mais, se consolidam como novos modelos de colaboração. A principal delas é o modelo híbrido de trabalho que, em 2022, se torna uma realidade implementada por 48% das empresas, como indica a 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH).
Na última edição do Índice de Confiança Robert Half, estudo trimestral da consultoria, foi levantado que o modelo híbrido de trabalho deverá ser implementado por 48% das empresas brasileiras em 2022, enquanto 38% das empresas planejam retornar ao modelo 100% presencial e apenas 3% pretendem permanecer no modelo 100% home office.
A sondagem leva em conta as respostas de 387 recrutadores, coletadas entre 3 e 30 de novembro de 2021, e revela ainda que 38% das empresas devem retornar ao modelo 100% presencial, enquanto apenas 3% devem permanecer no modelo 100% home office. Na ocasião, 11% dos entrevistados afirmaram ainda não ter o modelo definido para 2022. Em junho, esse número era de 58,1%.
Ainda segundo o levantamento, entre as empresas que já definiram o modelo híbrido de trabalho para 2022, a maioria optou por um maior equilíbrio entre casa e escritório, com 30% delas exigindo a presença dos trabalhadores no escritório por três vezes por semana e 28%, duas vezes por semana. Apenas 4% definiram o escritório como local de trabalho em quatro dias, e 6% deverão comparecer apenas uma vez por semana.
A pesquisa também ouviu 387 profissionais empregados sobre os maiores desafios que devem enfrentar no retorno ao escritório. Desse grupo, 66% apontaram o desgaste com deslocamentos; 55% indicaram a dificuldade de readequação de uma rotina que já havia sido definida com o trabalho remoto; e 43% ainda se mostram desconfortáveis com a exposição a aglomerações em reuniões e espaços compartilhados.
A preocupação em manter o nível de produtividade e a perda da convivência com familiares também foram citadas, com 35% e 24% das menções, respectivamente. Nesse sentido, Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, ressalta que muitas pessoas se deram conta de que sua produtividade independe da presença física nos escritórios e, por isso, estão repensando a necessidade de encarar certos desconfortos cotidianamente.
Mantovani ainda conclui que as empresas que têm a possibilidade do trabalhado híbrido, mas que não se adequarem a isso, precisam ter em mente que renunciarão à contratação de bons profissionais, além de ter mais dificuldade para atrair os melhores talentos do mercado, pois, o cenário que temos hoje, é o do trabalho flexível como um modelo de contratação que visa à manutenção da produtividade e à valorização das vivências pessoais e profissionais, dentro e fora do escritório.
Realidade híbrida: o Zoom já pensa nela
O Zoom (Z1OM34), plataforma que se popularizou com a crise sanitária provocada pelo Coronavírus, é um exemplo de cultura, modelo de negócios e a estrutura de funcionários aberto para essa transformação de empregos.
Segundo o estudo detalhado encomendado pela empresa, O Momentive | Zoom Future of Work Poll 2022, os funcionários valorizam a escolha na forma como trabalham, 69% afirma que é importante que eles possam escolher se trabalham pessoalmente, remotamente ou em modelo híbrido.
A empresa considera, por exemplo, que o futuro do trabalho será baseado em permitir um ambiente flexível para todos, um espaço onde pessoas se reúnem para colaborar de diferentes maneiras. Assim, a companhia segue firme aos princípios estabelecidos no início da pandemia: não reabrir nenhum escritório até que isso possa ser feito sem a necessidade de distanciamento social.