CryptoTimes

Pesquisa: DAOs atrapalham modelo de distribuição de governança e riquezas

04 nov 2019, 16:28 - atualizado em 30 maio 2020, 13:52
DAOs irão se tornar melhores do que as atuais estruturas corporativas por conta de constante inovação (Imagem: Pixabay)

Este relatório analisa as futuras limitações do modelo de acionistas atual e por que empresas autônomas descentralizadas (DAOs, na sigla em inglês) se tornarão superiores à estrutura corporativa vigente.

Para investidores, as DAOs se tornaram classes de investimento com menor risco em comparação às ações de uma empresa tradicional, oferecendo mais ROI (Retorno sobre Investimento) e melhores rendimentos passivos do que a maioria dos dividendos de ações.

Além disso, minimiza dois dos maiores riscos das operações corporativas: erro humano e autointeresse executivo. DAOs estão moldando o futuro do trabalho e da governança corporativa na Era da Informação.

Com governança meritocrática que se alinha melhor com os interesses dos acionistas, DAOs têm o potencial de reduzir a fragilidade social, econômica e ecológica em nossos sistemas perpetuados pelo modelo de acionistas.

Uma DAO pode ser resumida como uma organização de pessoas que se comunicam entre si por um “protocolo de rede”, por um conjunto de regras, mas chegando ao consenso de governança com diplomacia off-line.

Airbnb e Uber são dois exemplos de plataformas alternativas que terão seu valor distribuído a diferentes tipos de investidores (Imagem: Ringer illustration)

DAOs são o ponto final da “gig economy” (economia alternativa) que, até agora, foi favorecida por plataformas como Uber e Airbnb, mas que se tornarão empresas realmente globais e terão seu valor distribuído aos stakeholders, e não apenas aos acionistas e executivos.

O projeto inicial da criptomoeda do Facebook era o de tornar a Libra em uma DAO fazendo uso de um token nativo de governança (o Libra Investment Token), que seria uma revolução para uma empresa conhecida por seu controle centralizado.

Como a natureza da “empresa” está mudando rapidamente na Era da Informação, os ativos intangíveis agora são considerados os direcionadores mais importantes de valor corporativo, ao contrário dos tangíveis, acumulados no modelo industrial.

Isso apresenta um problema para aqueles que ainda operam no “modelo antigo”, incluindo:

1. dificuldade em valorar os ativos intangíveis em empresas digitalmente nativas;

2. um declínio contínuo na contabilidade corporativa e nos padrões de auditoria;

3. novas formas de levantar capital, como STOs (ofertas de security tokens), que são mais baratas que IPOs (ofertas públicas iniciais);

4. STOs que podem unir direitos de valor líquido e de dívida com governança;

5. crescente responsabilidade social para empresas a fim de contabilizar “custos externos”;

6. acúmulo de custos sociais para empresas como valor de risco de mudança climática;

7. concentração de valor de ações e lucros empresariais em crescimento e ações tecnológicas investidas por meio de estratégias passivas aumentando o risco sistêmico no mercado de títulos.

DAOs serão uma classe de investimentos menos arriscada do que as atuais (Imagem: Pixabay)

Este relatório da Brave New Coin consiste de futuras preocupações para o modelo de acionistas em sua forma atual, a “teoria de jogo” por trás da cooperação descentralizada em massa e por que as empresas que operam dessa maneira serão superiores à atual estrutura corporativa.

Para os investidores, DAOs vão se tornar uma classe de ativos menos arriscada em comparação às ações de empresas tradicionais, com ROI mais previsível e a diminuição dos dois maiores riscos ao se gerenciar uma empresa: erro humano e autointeresse executivo.

As DAOs também oferecem melhores rendimentos passivos do que a maioria dos dividendos de ações na forma de staking de moedas e execução de masternodes (“nós mestres”).