Pesquisa da BNC: governança de consórcio e o futuro da globalização
Nas últimas décadas de globalização, o volume médio de fluxo de transações estrangeiras aumentou de US$ bilhões por dia (em 1973) para US$ 5,3 trilhões (em 2013).
Hoje, as cadeias de fornecimento contabilizam 80% do valor de negociação global. Entretanto, a infraestrutura financeira global não consegue acompanhar a internacionalização de negociações e o que se percebe é a globalização do dinheiro em si com as moedas digitais e stablecoins.
Uma mudança nas políticas de negociação protecionistas dos anos 1930 seria desastrosa para a economia global e as multinacionais estão estabelecendo parâmetros para proteger suas cadeias de fornecimento e influenciar a direção da futura globalização.
Estão sendo criadas alternativas ao sistema multilateral de Bretton Woods e novos modelos de governança multistakeholder estão surgindo (alguns deles em consórcios de blockchain).
Isso ocorre em meio a um ressurgimento nas políticas nacionalistas e uma deterioração da governança e de acordos de livre comércio pós-Segunda Guerra Mundial (Bretton Woods), deixando uma enorme lacuna na governança global (“Mundo G-Zero”).
Essa mudança de poder pode ser notada no poder enfraquecido das Nações Unidas, que está enfrentando uma crise de financiamento por falta de pagamento das nações-membro, e o crescimento de grupos de empresas multistakeholder, como o Fórum Econômico Mundial que está em direção à governança global após assinar um memorando de entendimento com as Nações Unidas este ano.
A Associação Libra, do Facebook, foi a maior tentativa de uma multinacional em recriar o modelo multistakeholder em um consórcio que, se bem-sucedido, poderia se tornar uma “ONG descentralizada”.
Porém, como o blockchain incentiva novas formas de organização descentralizadas e coopetição entre empresas rivais, a “descentralização” também poderia ser utilizada como um véu que as absolve de dívidas tradicionais, já que nenhuma pode ser advertida por consequências de bitcoin ou de outra criptomoeda apermissionada.
A segunda parte da pesquisa analisa os modelos de governança dos três consórcios de blockchain mais influentes: Hedera Hashgraph, Libra e R3 Corda.
- As possíveis motivações para participação de um consórcio;
- o incentivo do blockchain na criação de novos modelos de governança corporativa;
- o declínio do multilateralismo e o crescimento dos grupos multistakeholder; e
- o papel dos ativos tokenizados (security tokens) nas empresas.
Assim como os blockchains e as criptomoedas estão sendo usados para reorganizar as estruturas tradicionais das empresas, também estão trazendo novas formas de governança para corporações enquanto líderes tomam a direção da próxima etapa de globalização e governança global.
É vital que investidores e líderes empresariais entendam a próxima evolução do blockchain.
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