Pesquisa aponta que 4 em 10 varejistas esperam crescimento nas vendas
Um estudo da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) constatou que, na comparação com 2017, quatro em cada dez varejistas – 43% – acreditam que as vendas devem melhorar neste final de ano; 32% que as vendas se manterão no mesmo patamar e apenas 9% esperam um desempenho pior, uma queda de 12 pontos percentuais em relação a 2017. O número dos que não souberam responder cresceu 15%.
As entidades revelaram também que 46% dos entrevistados se preparam ou pretendem se preparar para as festas do final de ano.
Por outro lado, 44% afirmam não ter um plano especial para o seu comércio para o Natal e o Ano Novo. Dentre os que farão algum investimento, as principais estratégias mencionadas são ampliação do estoque (50%), diversificação de produtos e serviços (34%) e investimento na infraestrutura da empresa (20%).
Os empresários que não pretendem fazer alguma ação específica no período justificam que não enxergam necessidade de investir, sobretudo por não ver aumento significativo na demanda (45%); 21% alegam falta de dinheiro e 9% estão desanimados com o resultado das vendas este ano.
De acordo com o SPC, a expectativa da reação sobre a economia ainda não reflete na criação de novos postos de trabalho no curto prazo. Apenas 20% dos comerciantes já contrataram ou contratarão mão de obra extra para reforçar o quadro de trabalhadores nesse período – sejam eles temporários, informais, efetivos ou terceirizados.
A CNDL e o SPC explicam ainda que, tradicionalmente, o varejo registra um crescimento nas vendas nesse período e que, embora o cenário econômico ainda esteja pouco aquecido, o Natal é a data mais importante para os setores de comércio e serviços, e por essa razão, os empresários seguem animados.
A pesquisa ouviu 605 empresários e gestores responsáveis pela contratação de mão de obra de empresas do comércio varejista localizadas nas capitais e interior do país. A margem de erro é de 4 pontos percentuais e uma confiança de 95%.