Esportes

Pesquisa alerta que jogos com torcedores só após vacina para coronavírus

13 maio 2020, 7:07 - atualizado em 13 maio 2020, 7:07
Futebol Esportes
Tanto os atletas quanto as pessoas devem fazer os testes como uma forma de controle e precaução (Imagem: Unsplash/@nathanjayrog)

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná, a presença do público em eventos esportivos no Brasil só poderá voltar após a criação de uma vacina para o novo coronavírus (covid-19).

O trabalho também defende as orientações das autoridades sanitárias. A pesquisa de título “Inteligência Esportiva” é uma ação conjunta entre o Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS) da UFPR e a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) do Ministério do Esporte.

A notícia sobre o estudo foi divulgada esta semana pelo site da UFPR e traz declarações do professor de educação física Fernando Mezzadri, um dos integrantes do projeto:

“As atividades físicas devem evitar qualquer forma de aglomeração ou de incentivo à circulação de pessoas. Sempre que possível as pessoas podem caminhar perto de suas residências e não devem procurar ir aos parques para realizar as atividades”.

Em relação ao retorno do esporte profissional, a pesquisa considera uma série de cuidados, como diagnosticar atletas e demais envolvidos, medir a temperatura e fazer testagem rápidas em quem frequenta os centros de treinamentos e pensar em realizar eventos em localidades menos afetadas pela doença, com ausência de público. Entretanto, reforça Mezzadri, esta volta não deve ocorrer agora:

“Tanto os atletas quanto as pessoas devem fazer os testes como uma forma de controle e precaução, mas a volta aos treinamentos normais e as competições ainda não devem ocorrer agora. Consideramos muito precipitado o retorno às competições pelo atual estágio da pandemia no Brasil”.

Mezzadri lembra que os campeonatos estaduais no Brasil estão suspensos, o que impacta esse mercado. Para o professor, no caso do futebol brasileiro, os gestores devem proteger os milhares de jogadores que ganham até três salários-mínimos e já estão perdendo seus contratos: “Dificilmente haverá jogos com torcida enquanto não existir uma vacina para a covid-19”.

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