Período de lock-up de ações da Petrobras para pessoas físicas termina no dia 23
A forte queda dos mercados financeiros por todo o mundo atinge de forma expressiva os papéis da Petrobras, que somente nos três primeiros dias da semana acumulam perdas de 31,96%, indo de R$ 24,06 no fechamento de sexta-feira (6) para R$ 16,37 na sessão de ontem em suas ONs (PETR3).
Esse cenário acende um alerta nos investidores, principalmente para aqueles do varejo, que compraram os papéis da estatal com lock-up na oferta subsequente de fevereiro.
Na ocasião, o investidor pagou R$ 30 para cada ativo da Petrobras e somente a partir do dia 23 de março se encerra o período de restrição de venda. Os números mostram que cerca de 53 mil pessoas físicas participaram da operação, sendo que 40 mil deles aceitaram a trava de venda, tendo assim seus pedidos analisados com prioridade.
A Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira, destaca que essa forma de operação é criticada por parte do mercado, uma vez que cria situações diferentes entre os investidores institucionais e as pessoas físicas, que ficam sem poder vender suas ações. Assim, são obrigados a esperar o fim do período para poder vender.
A oferta do início do mês passado foi para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendesse suas ações ordinárias da estatal, em uma operação de cerca de R$ 22 bilhões. O banco de fomento teve lucro de R$ 4,6 bilhões.
O chamado “lock-up” foi criado em uma tentativa de separar o investidor pessoa física dos “flipper”, nome dado aos que compram em ofertas, mas vendem em seguida gerando pressão no preço da ação.