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Perdida no próprio metaverso, Meta tem TikTok como maior pesadelo

03 fev 2022, 16:45 - atualizado em 03 fev 2022, 16:45
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Apesar de não comentar sobre o TikTok em seu balanço, o tema foi bastante tratado durante a teleconferência (Imagem: Unsplash/ Malte Helmhold)

Enquanto a Meta (FB; FBOK34), ex-Facebook, parece perdida em seu próprio metaverso – divisão em que perde bilhões de dólares – a empresa vê um concorrente de peso atrapalhar o desenvolvimento do seu negócio inicial, que são os anúncios em redes sociais.

A receita total da Meta, a maior parte formada por vendas de anúncios, subiu no quarto trimestre para US$ 33,67 bilhões de dólares, ante US$ 28,07 bilhões no mesmo período do ano anterior, praticamente em linha com expectativa média de analistas.

Já o prejuízo líquido da divisão Reality Labs, operação de realidade aumentada e virtual da Meta, foi de US$ 10,2 bilhões para o ano de 2021, ante resultado negativo de 6,6 bilhões no ano anterior. A cifra marca a primeira vez que a companhia divulgou o resultado da divisão em seu balanço.

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Apesar de não comentar sobre o TikTok em seu balanço, o tema foi bastante tratado durante a teleconferência.

“A Meta produziu receitas de anúncios decentes no primeiro trimestre, mas nos chocou com uma perspectiva fraca e um aumento da percepção do TikTok como uma força competitiva. Nunca a Meta enfrentou uma plataforma de usuários com mais de 1 bilhão de usuários significativamente à frente deles em um novo formato envolvente”, aponta o UBS em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (3).

Segundo os analistas Lloyd Walmsley, Kunal Madhukar e Chris Kuntarich, a expectativa é de uma desaceleração acentuada do crescimento dos anúncios, combinada com uma feroz batalha do TikTok, o que provavelmente pesará sobre as ações no curto prazo.

“E com base em especialistas do setor, as receitas de anúncios fora da China do TikTok ainda podem ultrapassar as dos pares de redes sociais de média capitalização de mercado em 2021; a dor da receita ainda está por vir”, notam.

O UBS derrubou o preço-alvo para as ações da Meta de US$ 400 para US$ 280. A recomendação de compra ainda foi mantida.