Percepção de risco, cenário doméstico e internacional: Veja qual título público o Santander recomenda para fevereiro
Janeiro não foi um mês fácil para os mercados. Enquanto o Ibovespa batia -4,8% no período, os investidores buscavam formas de se manter entretidos com os noticiários ainda esvaziados. O que “salvou” o primeiro mês do ano, segundo o Santander, foi a Super Quarta, nos dias 30 e 31, que deu uma sacudida nos investidores.
Apesar do corte por aqui já ter sido cantado lá atrás pelo próprio Banco Central, a novidade ficou por conta do Federal Reserve, que afirmou que os cortes nos Estados Unidos ainda devem demorar mais um pouco para acontecer.
Na parte política, o banco ficou de olho no anúncio da nova política industrial, no valor de R$ 300 bilhões até 2026. Na visão do time de Macroeconomia do Santander, “a medida combina linhas de crédito, contratos públicos, subsídios e requisitos de conteúdo local. O anúncio gerou preocupações a respeito dos riscos fiscais, por conta da possível repetição de políticas controversas do passado. Vemos um aumento gradual do estímulo para fiscal, o que traz o alerta para uma rota que pode gerar maior pressão à frente”, explicou o documento.
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Apesar disso, o Santander manteve sua indicação no Tesouro IPCA+ 2035 para fevereiro. Segundo a avaliação da equipe, se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo e promessas de responsabilidade fiscal em 2024), terá menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado deles.
“Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função”, adiantou o relatório.