Pequeno share nas vendas de aves inibe bloqueio chinês à BRF Dourados e ações sobem
O embargo chinês do frango abatido pela BRF (BRFS3) de Dourados, por casos de coronavírus em funcionários, conforme confirmação da própria companhia, não tirou o gás das suas ações no mercado mobiliário.
A ordinária da detentora das marcas Sadia e Perdigão esteve até há pouco entre as cinco maiores altas no pregão desta quarta (29) na B3 (B3SA3). Às 14h10 havia recuado para a sexta posição, com ganho de 2,82%, a R$ 21,90.
Com 14 plantas ao todo habilitadas à China, sendo 10 de frango, o mercado não vê temor com o bloqueio de exportações da unidade sul-mato-grossense, com capacidade para 130 mil abates diários.
Inclusive porque a participação da planta nos embarques totais de carne de frango para a China é pouca coisa.
Ademais, a BRF carrega a notícia, de ontem, de abertura do mercado de Mianmar para a proteína suína, da qual o grupo vai ser um dos mais beneficiados na medida em que já tem bases locais com a venda de partes frangos.
E junto com outras companhias exportadoras de proteínas, a BRF segue nível satisfatório de recomendações de compra para o segundo semestre, mesmo com algumas análises vendo pressão sobre o ebitda, podendo cair 2,8 percentuais, para 11,8%, por custos mais altos com rações.