‘Pensar em uma gangorra’: As estratégias para potencializar lucros de construtoras

Quando um empreendimento imobiliário é lançado, ele cumpre sua função social no local onde é inserido, refletindo mudança do ambiente, melhoras de infraestrutura, entre outros fatores.

Porém, o projeto também é pensado pelo ponto de vista de negócio. O foco, além de entregas de imóveis de qualidade, é gerar lucros para as construtoras.

Ter uma caixa forte e robusto é o primeiro passo para que as construções aconteçam. Desta forma, é a partir de investimentos em inovação e profissionais qualificados que saem as grandes obras que modificam as cidades e, principalmente, a vida das pessoas.

Contudo, maximizar os lucros de uma empresa de construção civil, não é de uma hora para outra. É preciso tempo, planejamento e muito trabalho.

Os gargalos das construtoras

Quando o objetivo é potencializar lucros, a primeira coisa a se fazer é avaliar os custos despendidos pela empresa. Assim, existem práticas específicas que merecem olhares atentos da gestão.

Entre elas, a estruturação do orçamento e o controle de obras como ações decisivas nas despesas finais da construtora. O que envolve a compra de materiais, mão de obra e demais gastos. Além disso, é importante analisar qual é o real valor agregado (EVA), técnica que avalia o desempenho do projeto na comparação com o seu valor real.

Junto a isso, não se pode deixar de fora o “benchmarking“, para entender como a concorrência está construindo com menos custos, e o uso de indicadores-chave de desempenho (KPIs), como a meta de custo por metro quadrado construído.

Sendo assim, entender as origens de entrada e saída dos recursos é a atividade número um para quem quer dar forma a empreendimentos lucrativos.

Quem é o responsável por aumentar lucros?

O responsável por esse trabalho é quem trabalha na construtora. Entretanto, há áreas internas que lidam mais com os recursos disponíveis.

Uma delas é o setor de suprimentos, encarregado de adquirir a matéria-prima para o desenvolvimento das obras e escolher e negociar com os melhores fornecedores. O segmento que contrata também tem peso forte na folha final da companhia.

Pense comigo: se as contratações trouxeram profissionais competentes e acima da média, é possível potencializar os recursos de duas formas. A primeira, com trabalho focado no que realmente importa, e a segunda, no desenvolvimento de empreendimentos oportunos para cada localização.

E não se pode deixar de fora as áreas de marketing e vendas. Elas são as responsáveis por conversar com o público-alvo da empresa e fechar o negócio com os novos moradores.

Todas as áreas são importantes. Não existe esse setor ou aquele, mas sim a união de todos em prol do objetivo de tornar a empresa saudável e lucrativa.

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Custos descem, lucros sobem

Falar sobre custos é como pensar em uma gangorra. Enquanto os custos descem, os lucros sobem. E vice-versa.

Por isso, é importante entender as melhores estratégias que funcionam para cada obra. Os imóveis são únicos, e precisam de um olhar específico, tanto para a redução das despesas, quanto para incrementar os ganhos.

Com isso, é válido usar estratégias forjadas pelo tempo, mas com uma atenção específica. Pensando nos dispêndios, a redução do desperdício, a contratação de mão de obra eficiente e optar por fazer compras locais já são um ótimo começo para o início das obras doerem menos no bolso da empresa.

Em relação ao fortalecimento dos lucros, o uso da tecnologia é vital. Não apenas o uso de softwares, como também de novos métodos de construção civil, aliados ao melhor uso de materiais e da sustentabilidade.

Economia e lucro são dois assuntos estritamente ligados, assim como a gestão das equipes com o sucesso financeiro das construtoras. Isso porque empresas com times comprometidos com os objetivos dos imóveis e conectados com a cultura da organização conseguem construir lares de qualidade para as famílias. De modo que dê retornos expressivos para a companhia.

No fim, é sobre pessoas, inclusive quando falamos sobre cifrões. O lucro só vem com o trabalho bem feito. E ele só vem com um ambiente que proporciona segurança e oportunidades aos profissionais certos.

*Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos