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Pelo patronato de Lula ao biodiesel, setor está sendo chamado a se defender do “desmonte” de Bolsonaro

11 out 2022, 15:11 - atualizado em 11 out 2022, 15:30
Produtores de biodiesel vão receber pedido de apoio a Lula

A campanha do PT vai centrar fogo amigo em áreas do agronegócio que se sentiram prejudicadas pelo atual governo e têm nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva alguma coisa positiva para contar.

Os produtores de biodiesel são o alvo para os próximos dias e, no arrasto, algumas centenas de plantadores de soja sem escala de exportações e que fornecem apenas para as destilarias.

O programa do biodiesel foi criado por Lula, sendo “desmontado pelo presidente Bolsonaro que foi cortando o nível de mistura ao diesel”, explica o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que diz estar marcando reunião com as lideranças e produtores do setor e vários teriam já confirmado presença.

O político, com mais quatro anos de Senado, é um dos coordenadores da candidatura petista no Mato Grosso, com articulações junto ao agronegócio.

Como é de conhecimento, o programa para o biodiesel original já preconizava a mistura de 20% de biocombustível produzido de soja e sebo de boi, entre outras biomassas de menor expressão. Mas, com as sucessivas mudanças nem os novos cronogramas foram sendo obedecidos.

O que seria o B13 em 2022, segue em B10, ou seja, 10% de mistura ao derivado de petróleo, tornando a rentabilidade das biodestilarias achatada pelo aumento da capacidade ociosa e preços menores.

Portanto, igualmente menos consumo de matéria-prima, como várias vezes a Ubrabio se manifestou, inclusive ao Money Times.

Não foi respeitado, de acordo com o senador, o meio ambiente, já que a maior mistura de biocombustível ao combustível fóssil retira gás carbônico da atmosfera.

Esse contorno do governo, através do Ministério de Minas e Energia e das agências executoras da política energética, teve o pano de fundo da “criminalização do preço” do diesel.

Segundo Carlos Fávaro, ele próprio produtor, se distorceu o programa reputando a culpa nos preços da soja pelo valor cobrado do diesel na bomba, principalmente pelas altas internacionais, e não no petróleo e poupou a Petrobras (PETR4).

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