Preços ao produtor dos EUA têm maior alta em mais de uma década e pedidos de auxílio-desemprego recuam
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Os preços ao produtor nos Estados Unidos registraram seu maior aumento anual em mais de uma década em julho, em meio a pressões inflacionárias, enquanto o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego recuou novamente na semana passada.
Os preços ao produtor subiram mais do que o esperado em julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, sugerindo que a inflação pode permanecer alta à medida que a forte demanda alimentada pela recuperação segue atingindo as cadeias de abastecimento. Nos 12 meses até julho, o índice saltou 7,8%, um recorde desde que a medida passou a ser divulgada, em 2010.
O índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 1,0% no mês passado, após alta de 1,0% em junho. Três quartos desse ganho foram impulsionados pela alta mensal recorde na demanda final de serviços, enquanto o avanço em bens foi a metade do visto em junho.
O recente ritmo de aumento nos preços intensificou o debate no Federal Reserve sobre a necessidade de uma ação mais rápida para reduzir seu enorme apoio à economia norte-americana, afetada pela pandemia, incluindo o início da redução dos 120 bilhões de dólares em compras mensais de títulos.
O chair do Fed, Jerome Powell, tem dito repetidamente que a atual alta da inflação é provavelmente temporária, mas outras autoridades estão cada vez mais cautelosas de que os aumentos de preços possam persistir acima da meta de inflação de 2% do banco central, uma média flexível.
A escassez de estoque devido a problemas na cadeia de suprimentos está facilitando o repasse dos custos aos consumidores por parte dos produtores.
Pedidos de auxílio-desemprego em queda
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado caíram em 12 mil, para um número com ajuste sazonal de 375 mil, na semana encerrada em 7 de agosto, mostrou um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 2 mil novos pedidos a mais do que o relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam 375 mil novos pedidos para a última semana. Os pedidos não ajustados, que oferecem uma melhor leitura do mercado de trabalho, caíram na semana passada em 5.198, para 320.517.
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Os pedidos permanecem bem acima do nível pré-pandemia de 256 mil, embora tenham caído de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020.
Ainda há temores de que o aumento dos casos de coronavírus causados pela variante Delta possa retardar a recuperação do emprego em meio à escassez de trabalhadores. Houve um recorde de 10,1 milhões de vagas abertas no final de junho. Cerca de 8,7 milhões de norte-americanos estão oficialmente desempregados.
A economia recuperou rapidamente a força e ultrapassou seu pico pré-pandemia no segundo trimestre, com trilhões de dólares em ajuda governamental e o aumento das vacinações contra a Covid-19 alimentando os gastos com bens e serviços
(Atualizada às 13h17)