Política

PEC sobre compra de dívida pelo BC tem que explicitar impacto fiscal, diz Mansueto

30 mar 2020, 12:48 - atualizado em 30 mar 2020, 12:49
Para Mansueto, se a mediada tomada pelo Banco Central tiver algum impacto fiscal, ela deve ser autorizada pelo Congresso (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta segunda-feira que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o BC a comprar dívidas deve deixar claro a existência de eventual impacto fiscal.

Questionado sobre como o Tesouro vê a possibilidade de uma política de Quantitative Easing (QE) no Brasil a partir dessa PEC, ele disse acreditar que o Banco Central está tendo todo o cuidado em desenhar essa medida.

“O que é importante é que qualquer medida do Banco Central, se ela tiver a possibilidade de ter algum impacto fiscal, isso tem que ficar muito claro e tem que ser autorizado pelo Congresso Nacional“, disse.

Mansueto ponderou que em períodos “anormais”, os bancos centrais do mundo todo, incluindo o Federal Reserve nos Estados Unidos, “têm maior grau de liberdade para fazer algumas operações atípicas”.

“Acho que proposta do Banco Central do presidente Roberto Campos é ter alguma flexibilidade a mais, da mesma forma que têm outros bancos centrais”, disse.