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PEC dos precatórios, inflação: Cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

14 nov 2021, 13:00 - atualizado em 13 nov 2021, 1:30
Economia
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Falas de dirigentes do Fed e do BCE podem mover mercados na próxima semana, após dados de inflação acima do previsto nos EUA e no Brasil acirrarem as expectativas de aperto monetário. IBC-Br mostra pulso da atividade em setembro, depois da frustração com varejo, indústria e serviços reduzir apostas em aceleração adicional da Selic.

EUA e China divulgam produção industrial e vendas no varejo. PIB na zona do euro e Japão também serão conhecidos. PEC dos precatórios segue em destaque na política e, na bolsa, oferta de ações da Petz (PETZ3) e balanço da Eletrobras (ELET3;ELET6) estão em foco. Veja os principais temas:

Atividade e Focus

Índice de atividade do BC fecha na próxima semana a sequência de dados de atividade de setembro, após dados decepcionantes de varejo, indústria e serviços reduzirem a aposta em nova aceleração da Selic.

Estimativa mediana aponta queda mensal de 0,06% e crescimento de 2,6% no comparativo anual. Após feriado da Proclamação da República na segunda, pesquisa Focus deve mostrar aumento das projeções de inflação, refletindo o IPCA de outubro acima de todas as previsões. Parciais do IPC-S e IPC-Fipe mostrarão o desenrolar da alta dos preços em novembro.

PEC dos precatórios

Líderes no Senado devem começar a discutir a PEC dos precatórios nas próximas sessões, mas a votação na Comissão de Constituição e Justiça deverá ocorrer apenas na semana seguinte. Designado relator da PEC, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que espera votar o texto na CCJ e no plenário até o fim de novembro. Expectativa é votar na CCJ nos dias 23 ou 24 e, na mesma semana, em plenário. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se comprometeu com emenda dos precatórios, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O risco da calamidade

A equipe econômica precisa que a PEC dos precatórios seja votada no Senado até o final de novembro para garantir inclusive a liberação de R$ 15 bilhões em gastos com vacinas e reforço do Auxílio Brasil ainda em 2021. O maior temor é que o governo seja obrigado a recorrer a uma medida provisória e um decreto de calamidade para pagar o benefício de R$ 400 prometido para o novo programa em 2022. O Ministério da Economia ainda tem os dois pés atrás com essa saída, mesmo que o TCU tenha dado ao governo um sinal de que aceitaria tal solução. Um decreto de calamidade abre caminho para todo tipo de gasto fora do teto, não apenas com o programa social, e ninguém na equipe econômica vê como justificá-lo.

Leia mais: Brasília em Off: O prazo do time Guedes para PEC dos Precatórios

BCs e economia global

Após forte alta do CPI nos EUA, mercado vai monitorar fala do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, no dia 19, além de pronunciamentos de outros dirigentes do BC americano ao longo da semana. Fora dos EUA, política monetária também estará no radar com falas de Christine Lagarde e outros membros do BCE. Números de atividade como vendas no varejo e produção industrial nos EUA e China, além do PIB da zona do euro e Japão, também estão no radar. CPI do Reino Unido deve mostrar forte aceleração em outubro. Eventuais indicadores acima do esperado podem ampliar apostas em reversão mais precoce das políticas acomodatícias adotadas para conter os efeitos da pandemia.

Oferta e balanços

A rede de pet shops Petz, que estreou na bolsa em setembro do ano passado, pode levantar perto de R$ 1 bilhão em uma oferta primária de 41 milhões de ações. A empresa quer usar os recursos para acelerar a abertura de lojas e o crescimento com aquisições e novos negócios, segundo o prospecto. A semana traz também os últimos balanços e teleconferências do terceiro trimestre, com destaque para Eletrobras, dia 16.

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